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Justiça ouvirá último grupo de réus da Raio X em audiência na segunda-feira

Justiça

Trabalhos devem durar até quinta (29); ação conta com 36 réus

Terceiro grupo de réus investigados na Raio X serão ouvidos pela Justiça na segunda-feira (26)

Terceiro grupo de réus investigados na Raio X serão ouvidos pela Justiça na segunda-feira (26). Foto: Arquivo/JI

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Acontecerá na próxima segunda-feira (26), a audiência de instrução e julgamento do último grupo de réus no processo relacionado a Operação Raio X, desencadeada em setembro do ano passado pela Polícia Civil e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do MP (Ministério Público), para investigar suposto esquema criminoso de desvio de dinheiro público, por meio de OSSs (Organizações Sociais de Saúde).

Os trabalhos devem durar até quinta (29). Como houve o desmembramento do processo em três partes, serão ouvidos, na oportunidade, Abel José Costa; Daniela Araújo Garcia (esposa de Cleudson); Daniela Bottizini; Gilberto Ademir Granja; Guilherme Aparecido de Jesus Paracatu; Ivone Valle Coca Moralis; Liege Tada Batagim dos Santos; Luciano Abreu Oliveira; Maurício Carlo Zanlorensi; Osvaldo Coca Moralis; Vagner Luís Miasso; Wilson Carlos Braz (ex-secretário municipal de Saúde de Penápolis); Sônia Erci Munhoz Braz e Vilma Aparecida Ferreira.

Em abril e junho, a Justiça ouviu os investigados dos outros grupos, entre eles, o médico anestesista Cleudson Garcia Montali, apontado como líder do suposto esquema de desvio de dinheiro público. Após esta etapa, o juiz abrirá prazo para as defesas e o MP se manifestarem. Eles poderão juntar documentos antes das alegações finais e, somente após isso, o processo estará pronto para decisão.

A ação que tramita na Justiça local conta com 36 réus e está relacionada a supostas irregularidades no contrato entre a OSS Santa Casa de Misericórdia de Birigui e a Prefeitura para gerenciamento do pronto-socorro municipal. Além desse, há outro semelhante em Birigui.

Segundo o MP, o grupo é acusado de se utilizar de organizações sociais sem fins lucrativos para firmar contratos superfaturados de gestão na área de saúde em vários municípios e estados, entre 2018 e 2020, recebendo em torno de R$ 2 bilhões em repasses de verbas públicas.

Desse total, cerca de R$ 500 milhões teriam sido desviados pela organização criminosa segundo as investigações policiais que culminaram na operação. A investigação tem inquéritos policiais instaurados em Penápolis e Birigui e iniciou-se há dois anos, indicando a existência de um sofisticado esquema de corrupção envolvendo agentes públicos, empresários e profissionais liberais.

No transcorrer dos trabalhos, foram identificadas dezenas de envolvidos com o grupo criminoso divididos em diversos núcleos, cada um com sua colaboração na prática das infrações penais. Houve a aquisição de grande quantidade de bens móveis e imóveis, sendo que parte da evolução patrimonial do grupo se deu justamente no período da pandemia do coronavírus.



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