Laudo aponta indícios de espancamento em cão que morreu durante banho

Polícia

Caso aconteceu em Braúna e ele teria sido atingido por pelo menos 4 golpes seguidos na cabeça, desferidos com algum objeto

Da Redação 14/10/2024

A Polícia Civil de Braúna (SP) já está de posse do laudo do exame necroscópico feito no corpo do cão Fiuk, que morreu em 3 de agosto deste ano, após ser levado da casa da tutora para tomar banho.

O documento encaminhado para a polícia informa que os exames revelaram que o Poodle foi atingido por pelo menos quatro golpes sequenciais na cabeça, desferidos com objeto contundente de pequena superfície de contato.

"Os impactos foram de grande intensidade, resultando em trauma crânio encefálico e múltiplas fraturas distintas nos ossos occipital e esfenoide, sendo o occipital a parte mais resistente do crânio" , informa o laudo.

A médica veterinária responsável pela análise apontou ainda que, pelas características das lesões encontradas, não há a possibilidade de acidente, havendo assim, indícios de agressão intencional seguida de morte.


CASO

Conforme já publicado, na tarde de 3 de agosto, Fiuk foi levado de casa pelo responsável pelo pet shop para banho e tosa, sendo ntregue ao investigado pela tutora. Passado pouco mais de uma hora, ele esteve na casa dela, desesperado e sujo de sangue na camiseta e nas mãos, alegando que teria sido mordido pelo cão.

Na ocasião, o dono do pet shop disse que o animal nunca o havia mordido e que, diante do ataque por parte do animal, ela o havia jogado, tendo o animal batido a cabeça e isso teria causado o sangramento.

Após procurar a tutora ele recebeu ordem para levar Fiuk ao veterinário, que atestou que o animal havia dado entrada no atendimento já sem vida, não respondendo ao protocolo de reanimação emergencial. Constatada a morte, o investigado retornou à casa da tutora e entregou o corpo do cãozinho, envolto em uma toalha.


INVESTIGAÇÃO

Após a morte a tutora do animal registrou um boletim de ocorrência na delegacia e um inquérito foi instaurado para investigar possível crime de maus-tratos a animais. Segundo o que foi apurado pela reportagem, com a emissão do laudo do exame necroscópico, resta apenas a oitiva do responsável pelo pet shop para que o inquérito seja concluído e relatado à Justiça.

Logo após o ocorrido, a reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Braúna, já que havia denúncia de que o estabelecimento responsável pelo banho de Fiuk não estaria devidamente regularizado.

No dia 3 de setembro, o município informou que o estabelecimento havia sido regularizado junto à Prefeitura. No laudo enviado à polícia, consta que a abertura da empresa se deu no dia 8 de agosto, ou seja, cinco dias após o ocorrido. A reportagem não conseguiu contato com o estabelecimento. (*) Agência Trio Notícias