Levantamento mostra que, na região, há 1,3 criadouro do Aedes por residência
Região
Araçatuba, Birigui, Brejo Alegre, Coroados, Guararapes, Luiziânia, Rubiácea e Santópolis estão em alerta
Ivan Ambrósio 12/12/2019Balanço inédito feito pela Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Liraa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti) mostra que em cada residência da região possui, em média, pelo menos 1,3 foco do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
O resultado, realizado pela Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) entre os meses de julho e setembro, indica que, dos 614 municípios que participaram do balanço, 489 apresentam situação satisfatória e 128 estão em alerta. Somente sete cidades - Barra do Turvo, Bento de Abreu, São Vicente, Tuiuti, Pedrinhas Paulista, Restinga e Jacupiranga - estão em situação de risco quanto à proliferação do mosquito.
ALERTA
Os municípios em alerta na região, conforme o balanço, são: Araçatuba, Birigui, Brejo Alegre, Coroados, Guararapes, Luiziânia, Rubiácea e Santópolis do Aguapeí. A classificação de um local como satisfatório, alerta ou risco é calculada com base no IIP (Índice de Infestação Predial).
Esse indicador entomológico é calculado pelo número de recipientes com presença de larvas de Aedes aegypti em 100 imóveis pesquisados, sendo considerados satisfatórios aqueles com até 1; alerta, de 1 a 3,9; e risco, acima de 3,9. A pesquisa classificou os tipos de recipientes em: depósitos elevados (sótãos); depósitos não elevados (porões); móveis (vasos de plantas, garrafa pet, potes plásticos); fixos (calhas, lajes, piscinas) pneus; passíveis de remoção (toldos, entulhos, sucatas) e os naturais (plantas, ocos de árvore, bambu por exemplo).
A maior prevalência de larvas do mosquito foi em recipientes móveis, chegando a 0,6 criadouro por casa vistoriada. Os depósitos elevados e não elevados, bem como os recipientes naturais e pneus apresentaram índices pouco expressivos, mas também é preciso manter atenção a esses locais, impedindo o acúmulo de água.
Conforme diretriz do SUS (Sistema Único de Saúde), o trabalho de campo para enfrentamento ao Aedes é responsabilidade dos municípios. O governo estadual dá suporte no diagnóstico (por meio do Instituto Adolfo Lutz) e em ações de treinamento e monitoramento, com apoio da Sucen.
CENÁRIO
Até o último dia 11, foram notificados este ano 390.654 casos de dengue, com 256 óbitos. Houve ainda 72 ocorrências de zika e 280 de chikungunya, sem óbitos de ambas as doenças. A dengue é uma doença sazonal, com oscilação de casos e aumento a cada três/quatro anos, em média.
Em 2015, por exemplo, SP registrou recorde de infecções, com 709.445 casos e 513 óbitos. Devido à circulação do sorotipo 2 de dengue, neste ano, mesmo os pacientes que já tiveram dengue tipo 1, por exemplo, estão suscetíveis a infecções, o que contribui para o aumento de casos e até mesmo para a ocorrência de quadros clínicos mais graves.
Neste ano, dez cidades concentram 43,2% dos casos de dengue confirmados e somam 169.062 casos. São elas: São José do Rio Preto (32.822); Campinas (26.246); Bauru (26.088); Araraquara (23.876); São Paulo (16.617); Ribeirão Preto (13.748); Birigui (7.916); Araçatuba (7.782); Presidente Prudente (7.584) e Guarulhos (6.383).
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