Liraa: levantamento aponta índice de infestação do Aedes aegypti acima da média
Saúde
Índice Breteau está 2,5, bem acima de 1, valor tolerável pelo Ministério da Saúde.
Da Redação 23/11/2021As altas temperaturas e as pancadas de chuvas neste período do ano aumentam os riscos da proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Levantamento feito em outubro pelo Serviço de Vigilância Epidemiológica da secretaria de Saúde detectou que o índice Breteau está 2,5, bem acima de 1, valor tolerável pelo Ministério da Saúde.
Para a coleta de dados do Liraa (Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti), agentes de saneamento vistoriaram 1.512 imóveis em todas as regiões da cidade. Durante os trabalhos, encontraram 716 possíveis criadouros, sendo que 554 dos recipientes estavam com água e 51 já apresentavam larvas do mosquito. Até o momento, foram registrados 47 casos positivos de dengue e 11 aguardam o resultado de exame. No ano passado, foram registrados 672 casos positivos de dengue e um óbito.
REGIÕES
Segundo explicou o encarregado do Serviço de Vigilância Epidemiológica, Marco Souza, todas as regiões apresentaram índices preocupantes de criadouros. “Na área 2, o índice foi de 2,93, muito acima do valor tolerável pelos órgãos de saúde. Essa região é composta pelo Centro, Cidade Jardim, Vila Fátima, Vila América, Alphaville, Village, Aparecida, Pevi, Marco Guerreiro e Gimenes”, afirmou.
Entre os tipos de recipientes mais encontrados, estão móveis e materiais passíveis de remoção ou alteração, como latas e frascos plásticos, pratos e pingadeiras, baldes e regadores de plantas, além de plantas tipo bromélias. Vale destacar que as equipes executam as ações preventivas diariamente, como visitas domiciliares, bloqueio e eliminação de criadouros, além de orientações.
Os moradores devem fazer sua parte mantendo seus quintais limpos e eliminando qualquer recipiente que possa acumular água e se tornar um criadouro. Em Penápolis, o Liraa é realizado quatro vezes ao ano, visando a medição do índice de infestação no município. Para a execução dos trabalhos, é utilizado o Sisaweb (Sistema de informações da Sucen), que realiza o sorteio de 300 quadras do município.
As quadras são distribuídas entre os 12 agentes de saneamento que fazem as visitas em cinco residências de cada quadra sorteada. Ao encontrar algum recipiente com água e com larvas, elas devem ser recolhidas e enviadas para análise em laboratório. Desta forma, a Vigilância Epidemiológica tem todas as informações sobre quais os tipos de criadouros predominantes e quais as áreas da cidade apresentam maior risco de epidemia de dengue. (*) Com informações da Secom – PMP
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