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Mãe e padrasto serão julgados na segunda por morte de menina de 1 ano 3 meses em Penápolis

Justiça

Caso aconteceu em 2022 e criança sofreu trauma abdominal, laceração no fígado e hemorragia interna aguda; público não terá acesso

A bebê apresentava marcas roxas no corpo, algumas recentes e outras mais antigas, e haveria denúncia anterior de maus-tratos ao Conselho Tutelar

A bebê apresentava marcas roxas no corpo, algumas recentes e outras mais antigas, e haveria denúncia anterior de maus-tratos ao Conselho Tutelar. Foto: Reprodução/Internet

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Será realizado na próxima segunda-feira (12) no Fórum de Justiça de Penápolis (SP), às 9h30, o julgamento pelo Tribunal do Júri do casal acusado da morte da bebê Mirella Fernanda Pereira das Neves, ocorrida em fevereiro de 2022, quando ela tinha 1 ano e 3 meses.

Segundo a assessoria de imprensa do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), o processo tramita em segredo de justiça e não será autorizado acesso ao público para acompanhar o julgamento.

Os réus são a mãe da menina, Jenipher Raphaely Pereira de Souza, que tinha 21 anos na época, e Cristian Gomes da Silva, que tinha 26 e era o padrasto. Eles foram denunciados por homicídio qualificado por motivo torpe, com emprego de tortura ou outro meio cruel, e com recurso que dificultou a defesa da vítima.

A reportagem encontrou pedido feito pela defesa dele ao TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), para o desaforamento do julgamento, ou seja, que ele fosse realizado em outra comarca, sob argumento de que não haveria a devida imparcialidade dos jurados.

"Outrossim, ante o sensacionalismo da imprensa, o mimetismo midiático sobre o caso, há dúvidas sobre a imparcialidade do júri, haja vista o estado de alucinação coletiva (e contaminação psíquica, portanto) em decorrência do excesso de visibilidade e exploração dos meios de comunicação" , consta no pedido, que foi negado.


CASO

Como foi amplamente divulgado, a morte de Mirella foi constatada em 14 de fevereiro de 2022. Quando ela deu entrada no pronto-socorro, levada pelo resgate do Corpo de Bombeiros, foi constatado que o óbito teria ocorrido havia pelo menos seis horas.

A bebê apresentava marcas roxas no corpo, algumas recentes e outras mais antigas, e haveria denúncia anterior de maus-tratos ao Conselho Tutelar. Na ocasião o casal foi liberado, mas posteriormente teve a prisão temporária decretada.

Em entrevista concedida após a prisão, a então delegada da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), Thaísa da Silva Borges, informou que, em depoimentos anteriores, o casal alegou que a menina teria caído de um berço.


LAUDO

O laudo do exame necroscópico apontou trauma abdominal, laceração no fígado e hemorragia interna aguda, sendo que a laceração teria sido provocada por um instrumento contundente, indícios de possível agressão, segundo a polícia.

Ainda de acordo com a delegada, o Conselho Tutelar confirmou que desde o início de fevereiro passou a receber denúncias de maus-tratos contra a vítima, mas os conselheiros tutelares nunca conseguiram chegar à residência do casal.


FRIEZA

A delegada relatou que momentos antes de o corpo da criança ter sido levado para o hospital a mãe dela teria entrado em contato com o Conselho Tutelar, informando que queria se manifestar sobre as denúncias. Porém, nesse momento, a menina já estaria morta.

A mãe alegou que havia colocado a filha para dormir às 22h do dia anterior e já a encontrou desfalecida pela manhã. Ainda segundo a polícia, o casal alegou que a criança sempre acordava tarde, por volta das 11h.

Naquele dia mãe e padrasto também teriam acordado tarde e acionado os bombeiros, que fizeram o transporte do corpo ao pronto-socorro. Assim que foi constatada a morte a Polícia Militar foi chamada e o casal notificado. (*) Agência Trio Notícias



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