Maioria das vítimas que morreram pela Covid tem entre 60 a 69 anos e comorbidades
Saúde
Do total de óbitos registrados até o momento, 25,3% possuíam como comorbidade a cardiopatia
Ivan Ambrósio 23/03/2021Levantamento feito pelo Governo de São Paulo, com base nos dados divulgados pelas secretarias de Saúde do Estado, mostra que 24,1% das pessoas que morreram em decorrência da Covid-19, o novo coronavírus, em Penápolis, estão na faixa de 60 a 69 anos. Na sequência, estão as de 70 a 79, com 21,8% e as de 80 a 89 (20,7%).
O ranking ainda traz que, na faixa de 50 a 59 são 14,9%; 90 ou mais (6,9%); 40 a 49 (4,6%); 30 a 39 (3,4%) e 1,1% cada nas idades entre 20 a 29, 10 a 19 e até nove anos.
Até o momento, foram registrados 104 mortes, sendo 60 homens e 44 mulheres - pais, mães, avós e filhos – que não resistiram às complicações da doença e partiram, sem que as famílias pudessem se despedir, pelo risco de contágio, ou de fazer o luto ser vivido como alguma forma, se isso pode ser possível, de amenizar a dor da perda, um consolo necessário que foi arrancado pelo vírus.
Além disso, a nova forma de luto e vidas transformadas em estatísticas diárias deixam cicatrizes ainda mais profundas aos que ficam. A primeira morte ocorrida na cidade foi em 3 de abril do ano passado. Era um empresário de 53 anos, que ficou internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa local 22 de março. Ele, que tinha sido o primeiro caso positivo confirmado na região, se internou no hospital e, devido à gravidade, foi transferido para a UTI, sendo entubado e dado continuidade ao tratamento.
O exame foi coletado em 23 de março, às 10h30, tendo o resultado disponibilizado na manhã do dia 27 pelo Instituto Adolfo Lutz, que testou positivo para o vírus. O empresário esteve em viagem em um cruzeiro. Em nota enviada na época, a secretaria confirmou o óbito, informando que ele estava na UTI sob ventilação mecânica.
De lá para cá, a quantidade de mortes foi, infelizmente, aumentando. Até dezembro de 2020, Penápolis tinha registrado 53 pessoas que não resistiram às complicações do coronavírus. Esse número, nos três primeiros meses de 2021, elevou em 96%, passando para 104. Somente em janeiro, fevereiro e março, foram 51 óbitos, quase a quantidade total registrada em oito meses do ano anterior.
COMORBIDADES
Do total de óbitos registrados até o momento, 25,3% possuíam como comorbidade a cardiopatia, seguido por 20,7% a diabetes. Doença renal e obesidades somaram, cada uma, 5,7%, tendo, na sequência, a pneumopatia, com 4,6%. Asma, imunodepressão e doença neurológica foram 3,4% cada. Dos casos computados, 77,3% são pessoas brancas e 19,3% pardas. Negros são 3,41%.
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