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Mais de 2,5 mil detentos deixam unidades prisionais na região

Polícia

Diferentemente de outras edições, a saidinha temporária será aumentada de sete para 15 dias

Medida beneficia mais de 2,5 mil presos na região, entre eles os da Penitenciária de Avanhandava

Medida beneficia mais de 2,5 mil presos na região, entre eles os da Penitenciária de Avanhandava. Foto: Arquivo/JI

JOVEM PAN PENÁPOLIS

Mais de 2,5 mil presos deixaram as unidades prisionais desde ontem (22). Esse será o primeiro benefício concedido este ano aos detentos por conta da pandemia da Covid-19, o novo coronavírus. Em todo o Estado, serão mais de 33 mil. Diferentemente de outras edições, a saidinha temporária será aumentada de sete para 15 dias.

Ela terminará em 5 de janeiro de 2021. Ao invés dos presos seres liberados por etapas, desta vez, todos deixaram as unidades no mesmo dia, sendo dos CRs (Centros de Ressocializações) de Araçatuba, Birigui e Lins; as penitenciárias de Lavínia, Andradina, Avanhandava, Getulina, Mirandópolis e Valparaíso; os CDPs (Centros de Detenção Provisória) de Nova Independência e Lavínia e o CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Valparaíso.

A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) informou que os sentenciados estão recebendo orientações a respeito das medidas sanitárias, especialmente quanto aos cuidados na higienização e no distanciamento. “No retorno, serão submetidos a um período de isolamento, visando ao monitoramento das condições de saúde”, destacou.


COBRANÇA

O Ministério Público enviou um ofício para autoridades do governo estadual, com um pedido de explicações sobre a saída temporária dos presidiários para as festas de fim de ano, em razão do agravamento da pandemia. Cópias do documento, elaborado pela Promotoria de Direitos Humanos e Saúde Pública, foram encaminhadas à SAP e ao corregedor-geral de Justiça de São Paulo.

O MP faz uma ressalva sobre “um direito do condenado previsto na Lei de Execuções Penais e sedimentado pela Constituição Federal”, conforme diz o comunicado do órgão público, mas cobra as providências adotadas pelo estado após o retorno dos presos ao sistema carcerário.

O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) manteve, no último dia 18, a autorização para a ‘saidinha’ temporária de fim de ano dos detentos. A decisão não atendeu o pedido do Ministério Público, que tentou barrar o benefício. O relator desembargador Roberto Porto deu parecer favorável à saidinha temporária no estado. O magistrado considerou que “a saída temporária objetiva o gradual retorno do reeducando ao mundo exterior, por se tratar de um dos meios facilitadores de sua reintegração social”.



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