Médico e mais 8 são condenados pela Justiça de Birigui na Operação Raio X
Justiça
Ele, esposa e concunhada de Cleudson, apontado como líder, estão entre os condenados
Ivan Ambrósio 07/05/2022Mais nove réus foram condenados pela Justiça de Birigui, referente à Operação Raio X, deflagrada em setembro de 2020 pela Polícia Civil de Araçatuba e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público.
Dentre eles, está o médico Cleuer Jacob Moretto, que é primo de Cleudson Garcia Montali, apontado como o líder da organização. Ele foi sentenciado a cinco anos de prisão em regime inicial semiaberto. Na Justiça de Penápolis, o profissional já havia sido condenado a sete anos e seis meses, também no semiaberto.
Foram também sentenciadas a esposa de Cleudson e a concunhada a uma pena de cinco anos em regime semiaberto cada. Esta última já havia sido condenada a 19 anos e dez meses pela Justiça de Penápolis. Ela é casada com um irmão da esposa do médico anestesista.
A maior pena aplicada neste processo desmembrado foi do procurador do IDS (Instituto de Desenvolvimento Social), entidade que antecedeu a Irmandade da Santa Casa de Birigui no gerenciamento do pronto-socorro a 42 anos, dez meses e 15 dias de prisão em regime fechado, além do pagamento de indenização de R$ 3.627.451,04 aos cofres municipais.
Mais quatro réus foram sentenciados a dez anos de prisão no regime fechado e outro a 15 anos também no fechado. Cleudson já foi condenado em ambas as Justiças a mais de 200 anos de prisão. Cabe recurso.
INVESTIGAÇÕES
A operação investiga suposta organização criminosa especializada no desvio de recursos da Saúde por meio de OSSs (Organizações Sociais de Saúde). Estima-se que cerca de R$ 500 milhões foram extraviados. Na época, a Prefeitura tinha contrato com a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Birigui, que gerenciou o pronto-socorro local.
A investigação tem inquéritos policiais instaurados em Penápolis e Birigui, indicando a existência de um sofisticado esquema de corrupção envolvendo agentes públicos, empresários e profissionais liberais. No transcorrer dos trabalhos, foram identificadas dezenas de envolvidos com o grupo criminoso divididos em diversos núcleos, cada um com sua colaboração na prática das infrações penais.
Houve a aquisição de grande quantidade de bens móveis e imóveis, sendo que parte da evolução patrimonial do grupo se deu justamente no período da pandemia da Covid-19, o novo coronavírus. Diversas pessoas foram presas na época em que a operação foi deflagrada. (*) Com informações do Hojemais Araçatuba
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