Médico Roberto Castilho Pereira falece em decorrência da Covid-19
Saúde
Profissional não resistiu à grave hemorragia durante tratamento da doença
Ivan Ambrósio 19/11/2020Morreu, na madrugada de ontem (18), em São Paulo, o médico intensivista e neonatologista, Roberto Castilho Pereira, de 69 anos. Ele, que possui familiares em Penápolis, era chefe da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Unimed de Araçatuba e veio a óbito por causa de complicações decorrentes do tratamento da Covid-19, o novo coronavírus.
O profissional foi diagnosticado com a doença há mais de 20 dias e, no início do mês, chegou a ser internado na Unimed de Araçatuba. Por causa da evolução da doença, familiares optaram em transferi-lo para o Hospital Santa Catarina, na capital paulista, onde não resistiu e veio a óbito em decorrência de uma hemorragia difusa, provocada pela incapacidade de coagulação do sangue.
HISTÓRICO
Pereira foi um dos precursores dos serviços de terapia intensiva pediátrica e neonatal em Araçatuba. Ele trabalhou na Santa Casa de 1995 a 2016 e, desde então, comandava equipe responsável pela UTI destinada a tratar crianças no Hospital da Unimed.
Formado pela Faculdade de Medicina de Catanduva, o médico era um profissional conceituado e respeitado pelos colegas de profissão. Era muito estudioso sobre a área que dominava e fazia questão de, semanalmente, ministrar aulas e treinamentos à equipe que chefiava no serviço de neonatologia intensiva e pediátrica.
Pereira é de uma família de médicos. Ele deixa os filhos Roberto, de 33 anos, que atua como radiologista em Lins e Manuela, de 28, recém-formada e que faz residência na atualidade. Era casado com Antônia Mara Cruz Bachiega Pereira, 60, e tinha um netinho de três anos.
ENTERRO
Segundo apurado, o sepultamento será nesta quinta-feira (19), em Penápolis, em solenidade prevista para às 10h. A família informa que, seguindo todas as regras de segurança sanitária impostas no país por conta da Covid-19, o corpo deveria ser velado a partir do início da madrugada.
“Por já estar fora do período de transmissão do vírus e internado há mais de sete dias, que é o período em que há riscos de infecção de outras pessoas, não haverá problema em realizar o velório. Será respeitado limite de pessoas, distanciamento e uso de máscaras”, explicou Renan Campanha, médico neurocirurgião e genro do intensivista. (*) Com informações do site 018 News
Comentários
Atenção: Os comentários feitos pelos leitores não representam a opinião do jornal ou do autor do artigo.