Mensagens em grupos sugere boicote a supostos ‘estabelecimentos petistas’
Polícia
Nomes estão sendo espalhados pelo Whatsapp como “lugares petistas”
Ivan Ambrósio 05/11/2022Proprietários de empresas em Penápolis procuraram a Polícia Civil, após terem os nomes de seus comércios divulgados em grupos de mensagens no Whatsapp, em uma suposta lista de “estabelecimentos petistas”.
Nas mensagens, que foram divulgadas logo após as eleições do segundo turno no domingo (31) e que deram vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a presidência, ainda sugeria que a população deixasse de comprar os produtos vendidos pelos estabelecimentos de diversos nichos.
LISTA
Segundo o que foi apurado pelo INTERIOR, alguns dos donos procuraram, entre quinta-feira (3) e ontem (4) o 1º DP (Distrito Policial) e a delegacia do município para registrarem um boletim de ocorrência. Além disso, um deles, inclusive, precisou utilizar as redes sociais para esclarecer que a informação divulgada pelos grupos era falsa.
Na lista, foram elencadas imobiliária, pizzaria, restaurante, lanchonete, madeireira, oficinas, posto de combustível, livraria, panificadora, quitanda, loja de autopeças e outros tipos de comércios, além de profissionais das mais diversas áreas. Um documento seria enviado ao MP (Ministério Público) para que medidas sejam tomadas.
REPÚDIO
Em nota publicada pelos parlamentares nas redes sociais, a Câmara repudia qualquer tentativa de boicote aos comerciantes e outros profissionais locais.
“Manifestamos nossa solidariedade a todos que tiveram os nomes elencados nesta descabida iniciativa de prejudicá-los com conotação política”, destacou. O Legislativo local ainda reiterou total apoio aos que trabalham para o desenvolvimento do município.
CRIME
O compartilhamento pode trazer problemas de ordem criminal, além do dever de indenizar os ofendidos. Dependendo do teor das mensagens enviadas, pode ser entendida como crimes contra a honra ou ameaça, cuja pena de detenção possa ser de seis meses a dois anos e multa, além de relações de consumo, que prevê de dois a cinco anos de prisão ou pagamento de multa.
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