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Metalúrgico é preso por assediar menina de 11 anos nas redes sociais

Polícia

Acusado foi identificado após madrasta da garota se passar por ela na internet

Ele chegou a admitir o interesse em manter relação sexual com a menina, achando que fosse maior de 18 anos

Ele chegou a admitir o interesse em manter relação sexual com a menina, achando que fosse maior de 18 anos. Foto: Ilustração

JOVEM PAN PENÁPOLIS

Um metalúrgico de 47 anos foi preso, na noite de domingo (5), em Penápolis, acusado de assediar sexualmente uma menina, de 11, residente em Araçatuba, pelas redes sociais. O flagrante ocorreu na casa do homem, que fica no bairro Cidade Jardim.

Segundo o que foi relatado à polícia, a madrasta da garota se passou por ela na internet até chegar ao paradeiro do metalúrgico, que se dizia ser um adolescente. Ele, informalmente, chegou a admitir o interesse em manter relação sexual com a menina, achando que ela fosse maior de 18 anos.

O contato com a criança ocorreu na segunda-feira 930), quando ele enviou para ela, pelo Facebook, um vídeo mostrando um órgão genital e solicitando amizade, além de mensagens se apresentando. A madrasta recebeu as imagens e aceitou o pedido.

Ela orientou a enteada sobre a situação e passou a trocar mensagens com o homem, se passando pela garota. O acusado, inicialmente, disse que tinha 17 anos, residia em Araçatuba e pediu para que a vítima não mostrasse o vídeo que tinha enviado a familiares.

No mesmo dia, ele ainda solicitou para ver a garota tomando banho e que enviasse uma foto dela. Ele, ainda conforme relatado, orienta a apagar as fotos que enviou e as conversas e pede, a todo o momento, que a menina fosse para o quarto.

No sábado (4), o metalúrgico voltou a fazer contato, falando novamente do vídeo que tinha enviado junto do convite para amizade. Na oportunidade, ele pediu que a garota fizesse imagens dela e enviasse. Em seguida, o acusado enviou fotos com e seu cueca, mostrando o órgão genital e questionando se a vítima teria vontade de praticar atos libidinosos.

O homem, ainda durante o dia, enviou mais fotos e pediu para ver a menina nua e, na tarde de domingo (5), solicitou uma chamada de vídeo com a vítima, mas sem volume e com o fone, para não fazer barulho. Diante disso, o pai e a madrasta decidiram procurá-lo.

A família chegou ao paradeiro dele após a mulher contar a um conhecido o que estava acontecendo. Ele, se passando por uma adolescente, passou a trocar mensagens com o metalúrgico, conseguindo identificar o endereço.


VÍDEOS

Os responsáveis pela menina foram ao imóvel, sendo recebidos pelo acusado. Ao ser desmascarado, com a mostra das conversas e das fotos, tentou correr, mas foi detido pelo pai da garota até a chegada da Polícia Militar.

Ele ainda tentou resistir à prisão e agrediu um dos PMs com um tapa no rosto, sendo necessário algemá-lo. Informalmente, o metalúrgico negou o crime, mas confessou que tinha vídeos de mulheres no celular. Dentre as imagens, estavam de crianças caminhando pelas ruas de Penápolis.

O acusado confirmou ter feito os vídeos, mas não soube explicar o motivo. Com a autorização da mãe do homem, os policiais recolheram anotações de endereços de e-mails, Facebook e senhas, além de um chip de celular, o qual será periciado, para tentar encontrar outras possíveis vítimas.


DEPOIMENTO

Levado ao plantão policial, o metalúrgico negou os fatos, dizendo que não era ele quem mandava as fotos ou vídeos de cunho sexual, admitindo apenas que tinha conversado com a menina e com outras pessoas sem aliciá-las ou pedir que mandassem imagens nuas.

No entanto, as imagens foram apresentadas para a mãe dele, que confirmou trata-se do filho. Com isso, o acusado admitiu o crime, alegando que achava que a vítima era “moça” e que tinha a intenção de ter relações sexuais com ela.

Diante dos fatos, o delegado plantonista determinou a prisão sem direito à fiança, com base no artigo 241-D do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) que é assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com ela praticar ato libidinoso.

A pena varia de um a três anos de prisão e multa. Além disso, ele responderá por resistência, já que agrediu um dos militares durante a abordagem. Nesse caso, a pena é de até dois anos de detenção. O metalúrgico, após prestar esclarecimentos, ficou à disposição da Justiça.



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