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Ministério, Conass e Conasems discutem vacinação contra covid-19

Saúde

Autoridades discutiram estratégias de imunização em seminário virtual

Acordo do Ministério da Saúde com o consórcio Oxford/Astrazeneca prevê 30 milhões de doses até fevereiro, 70,4 milhões entre março e agosto e mais 100 milhões após este período

Acordo do Ministério da Saúde com o consórcio Oxford/Astrazeneca prevê 30 milhões de doses até fevereiro, 70,4 milhões entre março e agosto e mais 100 milhões após este período. Foto: Reuters/Imago Imagens/Direitos Reservados

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Representantes do Ministério da Saúde do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) discutiram as estratégias de vacinação contra a covid-19 em seminário virtual nesta quarta-feira (9) promovido pelas entidades de representação das autoridades de saúde estaduais e municipais.

O presidente do Conass, Carlos Lula, defendeu a meta de universalização da imunização contra a convid-19 e destacou que as estratégias de vacinação não podem ser prejudicadas por disputas políticas mirando eleições.

“Nosso horizonte neste momento tem que ser imunizar a todos o quanto antes. A vida das pessoas deixa de lado as eleições. Graças a Deus as municipais passaram. Mas as próximas não podem estar no horizonte deste enfrentamento que a gente faz hoje. Agora o que importa é o cuidado com a população”, declarou.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo de Medeiros, disse que a equipe está atenta às vacinas em desenvolvimento e que aquelas com segurança e eficácia poderão ser incorporadas no Programa Nacional de Imunização.

Ele citou os dois acordos já firmados, com a Universidade de Oxford e o laboratório Astrazeneca e com o consórcio Covax Facility, que abarca empresas e governos de outros países para acesso a doses. O secretário acrescentou que o órgão tem dialogado com outras empresas e centros de pesquisas.

“Temos constituído memorandos de entendimento. Fizemos com Dimas [Covas, do Instituto Butantan, que desenvolve a Coronavac], com a Covaxx norte-americana e estamos terminando com a Pfizer. Assim que a primeira vacina estiver pronta e registrada na Anvisa, quer no normal ou de emergência, e que nós tivermos a disponibilidade de adquirirmos, o Ministério da Saúde irá sim adquirir essas vacinas”, declarou Medeiros.

A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, destacou que o acordo da entidade com o consórcio Oxford/Astrazeneca prevê 30 milhões de doses até fevereiro, 70,4 milhões entre março e agosto e mais 100 milhões após este período, totalizando 210 milhões de doses, que poderão atender 100 milhões de brasileiros (a imunização demanda duas doses).

O grande desafio, assim como no caso de todas as vacinas, é o registro ou autorização, prerrogativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Trindade informou que na última sexta-feira (4) foram enviados à agência dados dos estudos clínicos que embasaram artigo publicado em importante periódico científico nesta semana sobre a vacina.

“Estamos numa fase avançada de submissão. Confiantes no cronograma da validação da vacina pela Anvisa, mas é claro que Anvisa tem seu processo autônomo”, disse a presidente da Fiocruz.


CORONAVAC

O diretor do Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, Dimas Covas, apresentou a situação da vacina Coronavac, desenvolvida em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac e que começou a ser produzida no Brasil.

Segundo ele, o Instituto pretende fabricar até 40 milhões de doses até fevereiro e chegar a 100 milhões de doses até maio do ano que vem. Ele apontou que ainda não houve incorporação da vacina ao Programa Nacional de Imunização (PNI).

“Precisamos lutar para a incorporação da vacina no PNI e que nosso Ministério se convença disso”, pontuou. (*) Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília



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