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Morre Augusto Francisco Vieira, cidadão que se doou às questões sociais em Penápolis

Cidade

Empresário, integrante ativo e referência no Rotary Club, faleceu em decorrência de um infarto

Augusto Francisco Vieira morreu aos 89 anos; ele era Cidadão Penapolense desde 2004

Augusto Francisco Vieira morreu aos 89 anos; ele era Cidadão Penapolense desde 2004. Foto: Divulgação

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Penápolis prestou homenagens nesta segunda-feira (8), à memória de Augusto Francisco Vieira, morto aos 89 anos. Um grande cidadão que adotou a cidade para deixar legado com suas importantes intervenções na área social. O empresário - que era integrante ativo e referência dentro dos quadros associativos do Rotary Club de Penápolis - faleceu em decorrência de um infarto, segundo informações colhidas junto a amigos.

Ele, que residia com a esposa em um edifício no centro da cidade, teria passado mal durante a noite, sendo encaminhado para a Santa Casa local, onde acabou falecendo. Augusto Francisco Vieira foi empresário do ramo de concessionárias de tratores e veículos nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Foi uma liderança importante nesse setor econômico exercendo funções importantes nos seus órgãos representativos.

Investiu em Penápolis como produtor rural mantendo uma propriedade com atividade canavieira. Estabeleceu-se na cidade há muitos anos, vindo de São Paulo. Realizou e participou de inúmeras ações sociais e projetos humanitários em sua atuação sempre marcante. Apadrinhado por Vlademir Marangoni, associou-se ao Rotary Club de Penápolis no ano de 1993, sendo membro ativo e participativo até os dias atuais, onde exerceu diversos cargos no Conselho Diretor desse clube de serviço.

Também atuou nas diretorias da Flora Tietê e Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e na Fundação Nely Jorge Colnaghi. Casado com Josefine Esteban Vieira, com quem teve um filho (in memorian). Possuía ainda duas filhas (uma delas in memorian).


REFERÊNCIAS

Nascido em 2 de março de 1932, Augusto Francisco Vieira era o quarto filho numa família de sete irmãos, sendo quatro mulheres e três homens. O engajamento do pai para o trabalho motivou-o a logo iniciar também uma atividade profissional. Aos 12 anos, trabalhou no escritório de uma indústria de tecidos. Com 16, atuou como escriturário na empresa na qual seu pai era funcionário, a São Paulo Transway, Light and Power.

Aos 18, já era contador da fábrica de bicicletas Monark, quando também possuiu uma pequena indústria de artefatos de borracha, conseguindo comprar uma bela moto. Em 1957, aos 25 anos, é diretor comercial da empresa Agrobras S/A, importadora dos tratores Zetor, de origem tcheca. No ano seguinte, 1958, a trabalho, chega pela primeira vez a Penápolis, época em que a estrada entre Bauru e o município ainda nem tinha asfalto, vindo de avião.

Em Penápolis, Augusto contata Benone Soares de Queiros, que passa a ser distribuidor da marca Zetor na região. Em 1960, recebe diploma assinado pelo presidente Juscelino, por ter colaborado com o fornecimento de alguns tratores na construção de Brasília. Em 1961, com a implantação da Indústria de Tratores no Brasil, Augusto torna-se concessionário de tratores da marca Massey Ferguson nas cidades de Cardoso, Palestina e numa região em São Paulo.

Em 1968, passa a investir em agropecuária em Penápolis, com a aquisição de uma propriedade rural. Em 1973, colabora voluntariamente com a Cooperativa de Laticínios Campezina, através da função de diretor secretário em São Paulo. Em 1979, aumenta sua área atuação como concessionário dos tratores Massey Ferguson, para o Mato Grosso do Sul (nas cidades de Paranaiba, Cassilândia e região). Simultaneamente, mantém a concessão dos veículos Volkswagen, em Regente Feijó.

Durante as atuações como concessionário de tratores e automóveis, ocupa na Associação de Revendedores Massey Ferguson, os cargos de tesoureiro e presidente. Na Federação Nacional de Revendedores de Veículos Automotores (Fenabrave), preside a área de tratores. Em maio de 1992, o filho caçula Paulo Augusto Vieira falece em acidente, quando estava há cinco dias de completar 25 anos e há poucos de se formar advogado.

A tragédia leva Augusto e sua esposa Jô Esteban Vieira, ainda em 1992, a se mudarem de São Paulo para Penápolis, cidade que o filho tanto amava. Em homenagem a Paulo, o casal passou a dedicar-se à área social. Presidiu a Apae, tendo contribuído para expressivas conquistas.

Sua projeção o levou a ser delegado da 9ª Delegacia da Federação das Apaes do Estado de São Paulo, que compreende as Apaes de Penápolis, Andradina, Araçatuba, Birigui, Ilha Solteira, Lins, Mirandópolis, Pereira Barreto, Promissão, Sud Menucci e Valparaíso.

Na presidência da Fundação Nelly Jorge Colnaghi,  participou desde a criação do estatuto  a construção do prédio da entidade. Presidiu o Conselho Municipal de Assistência Social de Penápolis. Foi atuante membro do Rotary Clube de Penápolis, no qual também já foi presidente e recebeu diversos prêmios.

Teve indicação do Rotary Clube de Penápolis ao Colégio de Governadores do Rotary Internacional para ser Governador do Distrito 4470 para o ano rotário 2006/2007. Foi diretor secretário do Aero Clube de Penápolis, diretor da Associação de Empresários de Penápolis em duas gestões e do grupo de Apoio a Santa Casa de Penápolis.

Foi vice-diretor financeiro da Flora Tietê e síndico do Condomínio residencial Santa Clara. As referências de vida foram apresentadas durante sessão solene na Câmara quando, aos 72 anos de vida, recebeu o título de Cidadão Penapolense em 5 de novembro de 2004.



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