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Morre o artista Hugo Frágoas, aos 70 anos

Cidade

Artista plástico, decorador e empresário era considerado um ícone da cidade

Hugo foi pioneiro no segmento de decorações e buffet em Penápolis

Hugo foi pioneiro no segmento de decorações e buffet em Penápolis. Foto: Reprodução/Facebook

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Faleceu Hugo Frágoas, nome que foi referência no segmento de decoração, artes e buffet, que descansou após ter a saúde debilitada em decorrência de um AVC (acidente vascular cerebral), ocorrido já há alguns anos. Mais uma morte de um penapolense muito querido numa semana de lamentáveis perdas de vidas na cidade. Hugo, que tinha 70 anos, faleceu na noite de quarta-feira (3), quando era levado ao pronto-socorro.

A causa da morte foi uma parada cardiorrespiratória. Ele estava recluso em casa, desde o começo do ano passado se prevenindo contra o novo coronavírus (Covid-19), por ter comorbidades, fazendo apenas uso de cadeiras de rodas. Alguns dias, seus cuidadores sentiram que Hugo vinha tendo um quadro de fragilidade e debilidade. Já passando por certas dificuldades, amigos fizeram uma ação para aquisição de uma cadeira de rodas elétrica, o que lhe assegurou poder ter certa liberdade para locomoção.

Entre seus mais fiéis cuidadores estavam a sobrinha Dolores e o Fabiano. O artista plástico, decorador e empresário era considerado um ícone da cidade. Um homem que se dedicou a enfeitar, adornar, decorar a cidade, festas e eventos. Muitas vezes levava o dobro de enfeites que tinham sido contratados, só para fazer bonito e sim, fez bonito, sempre. Com o seu buffet também agia assim: acrescentava algo a mais daquilo que fora contratado, sem nada cobrar a mais. Agia assim para agradar a seus clientes.

Hugo foi pioneiro no segmento de decorações e buffet em Penápolis. Seu trabalho foi reconhecido mais fora do que em Penápolis. No ramo de decoração, que o projetou como um grande artista, foi responsável por décadas na decoração de clubes para o Carnaval e Baile do Havaí em várias cidades do Estado de São Paulo. Seus materiais eram de bom gosto e requinte.

Bem sucedido e inovador, Hugo serviu de inspiração para outros profissionais da área que seguiram seus passos e se espelharam nas suas criações para montagem de festas e eventos. Hugo teve que quebrar preconceitos. Para muitos, decorar festas era artigo de luxo, porém, sua persistência provou o contrário.

Entre as várias manifestações de amigos que tiveram a oportunidade de conhecê-lo, recordaram em mensagens nas redes sociais da juventude, na Jucripe (Juventude Cristã Penapolense), dele ser um grande amigo, caridoso, sempre ajudando as entidades assistenciais, com projetos importantes como a Festa de Cosme e Damião, que alegrava tantas crianças carentes.

Também lembranças de um artista plástico de grande valor, tendo decorado importantes eventos em Penápolis e tantas outras cidades. Ainda assim, outra amiga citou que em que pese tudo o que Hugo fazia, ele lamentava que as pessoas não valorizavam o trabalho dele.

Além de um grande artista, foi excelente professor de artes, tendo atuado na Escola Sesi. Entusiasta conseguiu uma banda para a escola. Montou um buffet à rua Tiradentes onde promoveu jantares dançantes maravilhosos, além de casamentos e aniversários, além de eventos familiares com sua indiscutível marca de competência e qualidade.

Hugo ficou bastante conhecido quando a convite do empresário Celso Egreja era responsável pela ornamentação da inesquecível Escola de Samba Unidos da Usina Campestre, já naqueles idos de 1980 um profissional sempre à frente de seu tempo. Era solteiro e residia a rua Tiradentes, no Centro. Deixou irmã e sobrinhos. Seu corpo foi velado no Bom Pastor Memorial e sepultado às 17h no Cemitério Santa Cruz.



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