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Morte de ganhador da Mega-Sena: polícia ouve ex-sócios e estima que vítima ficou 20h com criminosos

Polícia

Polícia Civil apura o crime tanto como latrocínio, extorsão seguida de morte ou homicídio

Jonas Lucas Alves Dias, ganhador da Mega-Sena, foi assassinado em Hortolândia (SP)

Jonas Lucas Alves Dias, ganhador da Mega-Sena, foi assassinado em Hortolândia (SP). Foto: Reprodução

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Depois de confirmar que a morte de Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos foi motivada pelo prêmio de R$ 47,1 milhões da Mega-Sena que ele ganhou em setembro de 2020, a Polícia Civil informou na tarde desta quinta-feira (15), que ouviu ex-sócios da vítima na tentativa de entender a rotina e os hábitos do milionário. Os homens não são tratados como suspeitos.

Na mesma coletiva, a delegada à frente do caso estimou que Jonas Lucas tenha permanecido cerca de 20 horas sob o poder dos criminosos antes de ser abandonado com sinais de espancamento às margens da rodovia - ele foi socorrido, mas morreu no hospital.

Juliana Ricci, da Divisão de Investigações Criminais (DEIC) de Piracicaba (SP), destacou que a Polícia Civil não descarta nenhuma hipótese, e que apura o crime tanto como latrocínio (roubo seguido de morte), extorsão seguida de morte ou homicídio.


DEPOIMENTOS

Considerado um homem simples, Jonas Lucas não tinha os pais vivos nem era casado, e morava com uma irmã e um irmão na mesma casa que tinham antes do prêmio da loteria, no Jardim Rosolém.

Segundo a delegada o núcleo familiar da vítima era formado por amigos e por isso as informações obtidas com eles são importantes para a investigação.

Ainda de acordo com Ricci, os dois homens ouvidos nesta quinta eram amigos de Jonas Lucas antes do prêmio da loteria, e firmaram sociedade após ele ficar milionário. Entretanto, a vítima havia deixado o negócio no início deste ano.

"Quisermos trazer os sócios que era pessoas próximas. Ele não tinha filhos, esposa. O núcleo familiar eram os amigos. Buscamos trazer as relações da vítima, e acredito que essas pessoas estão trazendo elementos importantes", disse a delegada do DEIC.


CÂMERA DE SEGURANÇA

Sobre as imagens de câmeras de segurança da Rodovia dos Bandeirantes, onde Jonas Lucas foi abandonado pelos criminosos, a delegada informou que ainda não teve acesso e, por isso, não detalhou se seria possível identificar os suspeitos do crime.

Ricci afirmou apenas que diante de elementos já apurados na investigação, o ganhador da Mega teria ficado cerca de 20 horas sob poder dos criminosos.

Teria sido nesse período que, com uso de um celular que não era da vítima, que os criminosos tentaram sacar R$ 3 milhões da conta mandando mensagem para a gerente da vítima. Segundo Ricci, eles teriam obtido o contato da profissional justamente por ter "Jonas subjulgado".

Até a última atualização desta reportagem, nenhum suspeito pelo crime havia sido preso. O sepultamento de Jonas Lucas está previsto para ocorrer nesta sexta (16), em Sumaré (SP).


INVESTIGAÇÕES

A delegada disse que a Polícia Civil aguarda imagens da agência onde os criminosos teriam efetivado os saques com a vítima. Além disso, informou que a investigação teve acesso às contas que tentaram movimentar valores do milionário - uma delas seria conta de pessoa jurídica.

Juliana Ricci reforçou acreditar que a ou as pessoas envolvidas no crime sabiam da rotina e da condição financeira de Jonas Lucas, e que o crime não foi casual. Mais detalhes não foram fornecidos para não atrapalhar as investigações.


O CRIME

A advogada da família relatou à polícia que a vítima havia levado apenas carteira e documentos para a caminhada. Ao final do dia, como não foi mais possível contatá-lo, familiares registraram ocorrência de desaparecimento na delegacia eletrônica. Depois de ser encontrado, o homem foi socorrido pelo resgate da concessionária Autoban ao Hospital Mário Covas, mas não resistiu.

O médico da unidade que atendeu Jonas Lucas atestou traumatismo cranioencefálico como causa da morte. A Polícia Civil tenta descobrir como e quando foi a abordagem, além de quantas pessoas estão envolvidas. (*) Por g1



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