Mortes em acidentes de trânsito caem 11% em Penápolis, aponta Infosiga
Polícia
Levantamento foi feito com base nos casos registrados entre janeiro e dezembro de 2019
Ivan Ambrósio 22/01/2020As mortes em acidentes de trânsito em Penápolis – incluindo rodovias estaduais e vias municipais - tiveram queda de 11% em 2019, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados foram divulgados na segunda-feira (20) pelo Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, o Infosiga, do governo estadual.
De acordo com o levantamento, nos 12 meses de 2018 nove ocorrências deste tipo foram registradas, ante oito o ano passado. Destas, três aconteceram em junho e as demais em março (1), abril (1), outubro (1), novembro (1) e dezembro (1).
A quinta-feira foi o dia com mais casos computados, sendo três mortes. Dos oito óbitos do ano passado, 50% eram condutores, 37,5% pedestres e 12% passageiros. O período noturno – das 18h às 24h - foi onde mais houve acidentes fatais, com quatro registros, seguido de três das 6h às 12h e um da 0h às 6h.
Mais de 62,5% dos casos foram nas vias municipais e 37,5% nas rodovias. Outro fator que chamou a atenção é que, das oito mortes, quatro tiveram como vítimas pessoas entre 18 a 24 anos. As demais idades – 25 a 29, 35 a 39, 75 a 79 e 80 ou mais – foram registrados um óbito cada.
A maioria das vítimas foram do sexo masculino (75%); femininas foram 25%. Dentre os veículos envolvidos, a motocicleta está no topo da lista, com três ocorrências, seguido de dois casos envolvendo ônibus, um com caminhão, um utilizando automóvel e outro não foi descrito.
Em quatro casos, o atropelamento foi o fator preponderante para os acidentes. Duas colisões foram registradas, um choque e outra ocorrência não foi possível determinar as causas. Metade das vítimas (50%) chegaram a ser socorridas, mas foram a óbito no hospital; 25% faleceram no local do acidente e o restante – 25% - não foi especificado.
CASOS
Dentre os casos mais emblemáticos ocorridos em 2019, está o da jovem Carolina Teixeira Gonçalves, de 24 anos, que morreu após um cavalo, que estava na vicinal Arnaldo Covolan, bater na motocicleta em que ela estava. O acidente ocorreu na noite de 17 de abril, próximo a um shopping.
No momento em que eles chocaram-se contra o animal, o ônibus fazia a ultrapassagem, motivo pelo qual arrastou a moto por vários metros, parando no sentido oposto da vicinal. O piloto e marido da vítima teve apenas ferimentos leves. O motorista do ônibus e os passageiros não se feriram.
Em 13 de junho, Bruno Milani da Silva, de 18 anos, atropelou e matou a operadora de caixa Camila Rodrigues Garcia, de 24. Ele também veio a óbito. O acidente ocorreu na rua Antônio Rodrigues Boucinha, no Parque Industrial. A jovem caminhava com o namorado, quando foi atingida pela moto guiada pelo rapaz.
Segundo a polícia, Silva tinha pego a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) há menos de um mês. Ele tirou a permissão para dirigir em 25 de maio. O outro motociclista que o acompanhava fugiu com o veículo. Ele foi identificado e prestou depoimento dias após, negando que estava, junto com Silva, praticando racha, mas reconheceu que trafegavam em alta velocidade.
Outro caso foi em 3 de novembro. O lavrador Roberto Jesus da Silva, de 35 anos, morador de Alto Alegre, morreu após invadir a pista contrária e bater de frente com um ônibus na vicinal Sargento Arnaldo Covolan, que dá acesso à rodovia Marechal Rondon (SP-300).
Ele, segundo a polícia, não era habilitado. O automóvel ficou totalmente destruído. O motorista do ônibus, de 43, passou pelo teste do bafômetro, cujo resultado foi negativo para embriaguez. Ele e um passageiro, que estava no veículo, não se feriram.
Por fim, o último caso de 2019 aconteceu em 30 de dezembro no Parque Industrial. O entregador Marcos Vitor Bueno Gobbi, de 21, morreu após colidir a moto que conduzia na carroceria de um caminhão. Com o impacto, ele caiu do veículo e acabou sendo atropelado. O acidente ocorreu no cruzamento da avenida Dib Jorge com a rua Ardaches Bogossian.
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