Mortes no trânsito se mantém estáveis de janeiro a agosto, aponta Infosiga

Polícia

Nos 8 primeiros meses, 3 casos foram registrados, mesma quantidade no mesmo período em 2019

Ivan Ambrósio 27/09/2020

Em plena Semana Nacional do Trânsito, as mortes em acidentes de trânsito em Penápolis – incluindo as rodovias estaduais e vias municipais – se mantiveram estáveis de janeiro a agosto, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Os dados foram disponibilizados no site do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, o Infosiga, do governo estadual. De acordo com o levantamento, de janeiro a agosto, o município registrou três óbitos, mesma quantidade ocorrida no mesmo período de 2019.

Este ano, os meses em que houve mortes no trânsito foram em fevereiro (1), abril (1) e julho (1). As vítimas eram homens, tendo duas com idades entre 40 a 44 anos e uma entre 50 a 54. Um dos casos, de acordo com o sistema, foi uma colisão e outro um choque.


CASOS

Dentre os casos, está à morte do motorista José Hamilton Pereira da Silva, de 44 anos, residente em José Bonifácio. Ele veio a óbito após bater a Scania que conduzia na traseira de um reboque canavieiro. O acidente ocorreu em 11 de julho na rodovia Marechal Rondon (SP-300), em Avanhandava.

Ele, que ficou preso às ferragens, chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Um homem de 40 anos, morador no bairro rural da Jacutinga, em Penápolis, contou que seguia com o caminhão canavieiro, um Mercedes Benz pela pista quando, no quilômetro 477, sentiu que a Scania havia colidido no último reboque.

Ambos trafegavam no mesmo sentido. Com o impacto, Silva ficou preso às ferragens da cabine. Uma equipe do Corpo de Bombeiros esteve no local e, juntamente com funcionários da concessionária Viarondon, que administra a rodovia, conseguiram retirá-lo, levando-o ao pronto-socorro.

Ao dar entrada na unidade, o motorista não resistiu. A Polícia Militar Rodoviária esteve na pista. O condutor do caminhão canavieiro passou pelo teste do bafômetro, cujo resultado deu negativo para ingestão de álcool. Ele não se feriu.

Com relação ao semestre, as mortes em acidentes de trânsito tiveram queda em comparação com o mesmo período de 2019. De acordo com o levantamento, enquanto nos seis primeiros meses do ano passado, o município registrou quatro acidentes com cinco mortes, no mesmo período de 2020 foram três casos com duas vítimas fatais computados no sistema.

No ano passado, a cidade registrou o falecimento de mais jovens por acidentes, sendo que, das cinco vítimas, quatro tinham até 29 anos. Três delas haviam morrido por atropelamento. Até abril de 2020, Penápolis havia empatado em número de mortes no trânsito, com duas vítimas.


REGIÃO

As mortes no trânsito na região tiveram queda de 25% em agosto deste ano em comparação com o mesmo período de 2019. Em todo o Estado, foram registrados 447 óbitos contra 480 no ano passado, uma queda de 7%.

Acidentes de trânsito, que incluem ocorrências sem vítimas fatais, registraram queda de 7,1% em vias urbanas e rodovias do Estado (14,7 mil acidentes em maio deste ano contra 15,8 mil em 2019). Houve queda de 3,9% nos acidentes fatais em vias municipais, que concentram 50,1% dos casos. Nas rodovias, a baixa foi de 11%. Em nove regiões administrativas do Estado, ocorreu redução dos índices.

A análise indica ainda queda nas fatalidades em todos os modais, com exceção dos motociclistas. Ocorrências envolvendo motos lideram as estatísticas, com 184 casos em agosto deste ano, aumento de 7% na comparação com 2019 (172 óbitos). Em seguida, aparecem os automóveis com 117 ocorrências contra 116 em 2019, variação de 0,9%.

A maior redução foi entre as bicicletas: foram registradas 26 fatalidades contra 40 em agosto do ano passado (-35%). A baixa também foi significativa entre os pedestres, com 99 ocorrências fatais em agosto contra 127 em 2019 (-22%).

Em agosto, jovens com idade entre 18 e 29 anos representaram 25,3% das vítimas. Entre os motociclistas, essa proporção sobe para 40,2%. Em 62,6% dos casos, as vítimas fatais são os próprios condutores dos veículos.

Homens seguem como as principais vítimas dos acidentes (86% do total), e as ocorrências estão concentradas no período noturno (54,8%) e no fim de semana (51%). Cerca de 48,5% das vítimas faleceram no local do acidente.