Mulher dada como morta há cinco anos é encontrada viva caminhando em estrada
Cidade
Ela, que tem 42 anos, sumiu de Putiri, no Espírito Santo, em 2013, após enchente
Ivan Ambrósio 07/12/2019Um caso pra lá de inusitado e que teve um desfecho feliz ocorreu essa semana nos meios policiais em Penápolis. Uma educadora, dada como morta há cinco anos pelos familiares que moram no Espírito Santo, foi encontrada viva caminhando por uma estrada do bairro rural Córrego Grande no final da manhã de segunda-feira (2).
Ela, que tem 42 e possui problemas mentais, estava desaparecida desde 25 de dezembro de 2013, quando uma chuva ocorreu em Puriti, que fica no distrito de Aracruz e na região litorânea do ES, a 1.517 km de Penápolis. Segundo o que foi apurado pelo INTERIOR, na época, familiares dela foram informados de que, devido a enchente que causou no local, um corpo teria sido levado pela correnteza, podendo ser o dela.
Buscas chegaram a ser feitas pelos bombeiros, mas não foi localizado. Com isso, de lá para cá, a procura pelo paradeiro da educadora foi se tornando cada vez mais difícil. Em 4 de janeiro de 2014, um boletim de desaparecimento foi registrado pelos familiares, que chegaram a perder as esperanças e darem a vítima como morta.
CAMINHANDO
No entanto, na segunda-feira, a história tomou outro rumo. Policiais militares faziam patrulhamento pela estrada, quando viram a educadora caminhando. Eles pararam e, durante a conversa, a mulher informou aos PMs seu nome e dos pais e a data de nascimento dela.
A mulher foi levada ao SOS (Serviço de Obras Sociais) para receber os cuidados da equipe multidisciplinar da entidade, que solicitou apoio dos policiais civis do 1º DP (Distrito Policial) para buscar informações dos familiares. Com base nas informações fornecidas, os investigadores entraram em contato com o Departamento Especializado em Pessoas Desaparecidas do Espírito Santo, obtendo a informação de que a educadora estava mesmo desaparecida.
No dia seguinte, a equipe de lá conseguiu o contato de uma irmã, que confirmou toda a história. “Já conversamos também com a filha dela e agora aguardamos eles arrecadarem algum recurso financeiro para vir buscá-la. Além de todo apoio que estamos fornecendo, ela passou por atendimento médico no pronto-socorro, em virtude de estar debilitada”, contou a assistente social coordenadora Nayara Sussai de Oliveira.
A mulher ainda relatou que, durante este tempo em que ficou longe de casa, pegava carona com caminhoneiros nas estradas, chegando a Penápolis. A mãe dela, segundo apurado, faleceu há quatro meses. Ela permanece no SOS, onde tem acompanhamento psicológico feito por Isabela Pinto, contando com o apoio do educador Wellington Alexandre Sperandio na equipe multidisciplinar.
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