Mulher é condenada a 35 anos e 8 meses de prisão por mandar matar o irmão
Justiça
Crime aconteceu em Avanhandava e o acusado de fazer os disparos de arma de fogo contra a vítima também foi condenado a 35 anos de prisão
Da Redação 28/11/2025O Tribunal do Júri de Penápolis (SP) condenou Elaine Augusto de Oliveira, 49 anos, a 35 anos e 8 meses de prisão, por ter mandado matar o irmão dela, Tadeu Augusto de Oliveira, 52, crime ocorrido na zona rural de Avanhandava, em maio de 2023.
Robson dos Santos Ferreira, acusado de ser o autor dos disparos que mataram a vítima, foi condenado a 35 anos de prisão. Foi determinado o regime inicial fechado para início do cumprimento da pena, sem direito aos réus de recorrerem em liberdade.
A reportagem não obteve detalhes sobre a sentença, pois a assessoria de imprensa do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) informou que o processo tramita em segredo de Justiça.
ÁGUA
Com relação ao crime, conforme divulgado na época, na noite de 14 de maio de 2023, Tadeu estava na casa dele, no bairro rural do Borá, acompanhada da mulher e da filha, quando a irmã dele chegou à propriedade de carro.
Ao ouvir o barulho o morador armou-se com um revólver calibre 38 e foi até à porta da sala, de onde perguntou quem era. Quando a irmã se identificou, ele colocou a arma sobre o rack da sala e foi até o veículo.
Elaine estaria acompanhada de um rapaz desconhecido e alegou que o Ford Ecosport com o qual haviam chegado ao local estaria com problema mecânico e pediram água.
TIROS
Tadeu entrou na residência para atender o pedido e quando voltava com uma jarra com água, o homem que estava no banco do passageiro do carro passou a atirar contra ele, que foi atingido e caiu no chão.
Ao ouvir os disparos a esposa da vítima pegou o revólver que havia sido deixado sobre o rack e passou a disparar contra o carro da cunhada, que deixou o local com o comparsa. A testemunha encontrou o marido inconsciente e pediu ajuda a um vizinho. Ele foi levado para o Hospital Geral de Promissão, mas não resistiu aos ferimentos.
SEQUESTRADA
Passado algum tempo, Elaine telefonou para a Polícia Militar em Avanhandava, alegando que havia sido sequestrada por dois rapazes quando estava em Promissão. Ela alegou que foi obrigada a levá-los até à casa do irmão dela, onde teria sido obrigada a dizer que o veículo estava com problema e pedir água.
A mulher confirmou que quando Tadeu se aproximou do veículo com a água, o passageiro passou a atirar contra ele, que foi atingido e caiu. Também confirmou que eles deixaram o local quando a cunhada dela passou a atirar contra o carro.
Na versão da irmã da vítima, os supostos sequestradores desembarcaram em uma estrada de terra e a mandaram voltar para Promissão e depois retornar para Avanhandava.
HERANÇA
A polícia suspeitou da versão apresentada quando a mulher alegou que não tinha como informar as características dos supostos sequestradores, que estariam encapuzados, apesar de a suposta abordagem ter sido feito em um cruzamento com semáforo, no início da noite.
Dando sequência às diligências, a polícia descobriu que ela exigia a parte da herança do sítio, apesar de ter os pais ainda vivos, e teria passado a ameaçar os demais familiares. Diante disso, Elaine acabou sendo presa em flagrante por suspeita de participação no assassinato do irmão.
CONDENADA
De acordo com a denúncia, tanto ela quanto o acusado de ser o autor dos disparos contra Tadeu foram denunciados por homicídio qualificado pelo motivo torpe e com recurso que dificultou a defesa da vítima.
Porém, também foram denunciados por duas tentativas de homicídio contra a esposa da vítima e contra a filha do casal, que também teriam sido alvos de disparos na ocasião, apesar de não terem sido atingidas.
Os réus foram condenados de acordo com a denúncia e cabe recurso da sentença. (*) Agência Trio Notícias
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