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Mulher se apresenta à polícia e confessa ter matado o irmão

Polícia

Vai responder em liberdade pelo crime ocorrido há 7 dias, em Araçatuba; mulheres estiveram na delegacia para apoiá-la

Crime aconteceu na rua Tibiriçá, em Araçatuba

Crime aconteceu na rua Tibiriçá, em Araçatuba. Foto: Lázaro Jr./Arquivo

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A irmã de Bruno Augusto Marques de Araújo, 31 anos, que foi assassinado a tiros na última quarta-feira (22), em Araçatuba (SP), se apresentou à polícia nesta quarta-feira (29), acompanhada de um advogado, e assumiu a autoria do crime.

Ela, que tem 36 anos, já havia sido identificada pela Polícia Civil por meio de imagens de câmeras de monitoramento no local do crime e familiares relataram que a vítima teria abusado sexualmente de uma filha dela, de 10 anos.

A mulher não havia sido localizada na ocasião, mas não chegou a ser considerada foragida, já que não foi representado pelo mandado de prisão contra ela. Em declarações, ela confirmou que matou o irmão porque descobriu que ele teria abusado da filha dela.


APOIO

A investigada chegou na delegacia por volta das 9h, acompanhada do advogado Flávio Batistela. Um grupo de mulheres permaneceu do outro lado da rua, na praça Getúlio Vargas, com cartazes contra o abuso sexual contra crianças. Elas relataram que o objetivo era dar apoio à investigada, por considerarem que ela agiu em defesa da filha.

“Nós viemos para prestar total apoio à mãe, porque como mães, nós teríamos feito a mesma coisa. Infelizmente a gente espera muito pela Justiça e a gente sabe que as vezes é falha. E antes que acontecesse até o pior, tanto com ela quanto com a filha dela, ela fez o que tinha que fazer”, comentou Natália Nunes da Silva, uma das integrantes do grupo de mulheres.


ARMA

Sobre a arma usada no crime, a investigada alegou que ela pertenceria ao próprio irmão dela, que foi morto, segundo o delegado Abelardo Alves Gomes, responsável pelo inquérito. Ao prestar declarações, a mulher disse que a pistola ficaria guardada na casa dela e foi jogada em um rio por ela após o assassinato.

O crime aconteceu na casa onde moram os pais da acusada, na rua Tibiriçá, Vila Industrial. Imagens de câmeras de monitoramento obtidas pela polícia mostram a mulher chegando ao local com uma Honda Biz.

Ela estaciona e entra na casa, onde também morava o irmão dela. Minutos depois, retorna ao local onde a motoneta estava estacionada, pega algo debaixo do banco e volta para o imóvel. Passados alguns instantes, Araújo sai correndo dentro da casa e atravessa a rua com a mão na barriga, sendo acompanhado da irmã.


TIROS

O corpo foi encontrado na calçada de uma residência no lado oposto à casa dele, com seis perfurações por disparo de arma de fogo. Havia ferimentos na região do tórax e do abdômen e a perícia, acompanhada por equipe da DH/Deic (Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada de Investigações Criminais), recolheu cápsulas deflagradas encontradas na entrada da casa da vítima e no local onde o corpo foi encontrado.

Após identificar a irmã de Araújo como a possível autora do crime, policiais estiveram na casa dela, mas ela não foi encontrada. A filha dela estava na frente do imóvel junto com duas tias, que informaram que haviam ido buscar a criança a pedido da mãe dela.

Ainda de acordo com o que foi informado à polícia, uma das tias disse que sabia que o tio da criança havia sido assassinado e revelou que ele estava sendo acusado de ter abusado sexualmente da sobrinha. A reportagem apurou que um boletim de ocorrência comunicando o suposto abuso havia sido registrado dois dias antes do assassinato.


INVESTIGAÇÃO

Após ouvir a acusada do crime, o delegado dará sequência ao inquérito. Ele irá ouvir outras testemunhas e aguardará os laudos da perícia no local do assassinato e do exame necroscópico no corpo de Araújo para apurar a veracidade da versão da autora.

Fontes da Polícia Civil ouvidas pela reportagem informaram que não desistiram de encontrar a arma do crime e de apurar a possível participação de outras pessoas no homicídio. (*) Agência Trio Notícias



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