Ônibus que levou manifestantes da região a Brasília estaria retido pelas autoridades policiais
Política
Ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a apreensão e bloqueio de 87 ônibus identificados pela Polícia Federal
Manifestantes estavam em Brasília quando um grupo radical promoveu ataques aos prédios dos Três Poderes da República. Foto: Reprodução/Internet
A exemplo de outras manifestações articuladas para Brasília após as eleições presidenciais, novamente um ônibus transportando apoiadores penapolenses do ex-presidente Jair Bolsonaro foi para Brasília (DF) neste final de semana.
Na tarde de domingo (8), bolsonaristas invadiram e depredaram os prédios dos Três Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) em Brasília. O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) determinou a apreensão e bloqueio de 87 ônibus identificados pela Polícia Federal que levaram "terroristas para o Distrito Federal", em suas palavras.
Segundo informações de uma fonte que pediu não ser divulgada, a empresa de ônibus local foi contratada para levar à capital federal manifestantes de Birigui. A viagem teria sido acertada por uma pessoa daquela cidade
Porém, diante dos ataques aos Poderes da República na tarde deste domingo (8), dezenas de ônibus acabaram retidos para averiguações. Todos os ônibus foram levados para um pátio da Polícia Federal de Brasília. O motorista dessa empresa de Penápolis está em um hotel e aguarda liberação das autoridades para poder retornar. Os passageiros que foram retidos estariam prestando esclarecimentos para a polícia.
Outra empresa da cidade teria levado manifestantes de Penápolis para Brasília neste mesmo evento de domingo, porém, a reportagem não obteve retorno aos contatos feitos. Durante o dia o jornal tentou saber quantas pessoas viajaram e qual a situação delas, se estão retidas ou não, mas não foi possível saber.
Nos grupos nas redes sociais que alimentavam os bolsonaristas penapolenses com informações, ontem (9) todos estavam sendo desativados. Assuntos como possível retenção pelos órgãos de segurança não eram comentados com receio de serem envolvidos nos atos.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse em coletiva de imprensa que todos serão identificados, como cidade de origem e quem financiou a viagem. Todos serão intimados pela Polícia Federal a prestarem esclarecimentos.
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