Nilso Moreira descarta disputar jogos no segundo semestre
Esportes
Ele ainda frisou a importância de todos ficarem isolados diante da pandemia do Covid-19
Da Redação 08/04/2020O presidente do CAP (Clube Atlético Penapolense), o médico Nilso Moreira, descartou, na manhã de ontem (7), que a equipe tenha condições de disputar jogos no segundo semestre deste ano. A pandemia em razão do Covid-19, o novo coronavírus, resultou na paralisação dos campeonatos em todo o mundo, incluindo o Paulista da Série A2, que a equipe vinha disputando.
“Diante desta imensa crise de saúde que vivemos e que poderemos, ao final, contabilizar a perda de milhões de vidas, o futebol passou a ser irrelevante. E eu, como médico, não posso me deixar contaminar pela paixão em detrimento ao sofrimento de nossos irmãos. Penso que as competições esportivas no Brasil só devem voltar à normalidade a partir de agosto e sofrendo alterações. No futebol, os campeonatos paralisados só voltarão quando a curva de contágio dos pacientes começarem a cair em junho ou julho, só Deus sabe. A volta será gradativa e não terá o mesmo valor, pois os times não terão, talvez, todo o plantel”, explicou.
Na Série A2, por exemplo, a maioria dos clubes tem os acordos dos jogadores a vencerem no dia 30 deste mês. O problema é que grande parte dos atletas já tem pré-contrato assinado com outros clubes. “O Penapolense só tem mais três jogos a cumprir e será difícil reunir um time para realizar as partidas”, destacou o presidente.
Nilso lembrou ainda outra situação muito importante, que é a questão financeira. “O dinheiro irá faltar para todos no Brasil e será difícil que empresários e parceiros disponibilizem verbas para o futebol. Portanto, decidimos que o CAP não jogará nenhuma competição de futebol profissional no segundo semestre”, garantiu.
Quanto aos salários dos atletas, comissão técnica e equipe de apoio, a diretoria está empenhada em realizar os pagamentos. “Só temos o de março e que ainda não venceu para pagar”, ressaltou o presidente. Para saldar este restante, os diretores irão tentar negociar para que os valores sejam divididos em duas vezes.
“Nossas cotas estão bloqueadas e os patrocinadores nos alertaram que não terão recursos para nos repassar. Dias difíceis virão, mas com a força e união de todos sairemos desta. Na função de médico vejo que o melhor remédio é o isolamento social. Fiquemos em casa, pois só assim conseguiremos diminuir o número de contágios e termos tempo de organizar a estrutura da saúde para atender a todos com dignidade e eficiência”, finalizou.
A FPF (Federação Paulista de Futebol), que também devido à quarentena permanece em férias, deverá nos próximos dias definir o futuro das competições. (*) Com informações da A/I do Penapolense
Comentários
Atenção: Os comentários feitos pelos leitores não representam a opinião do jornal ou do autor do artigo.