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Nova perícia é feita em shopping que marquise desabou e matou jovem

Justiça

Caso ocorreu em 23 de novembro de 2019; além de Késia, fisioterapeuta se feriu

Defesa do shopping solicitou à Justiça nova perícia no local, ocorrida na tarde de ontem (12)

Defesa do shopping solicitou à Justiça nova perícia no local, ocorrida na tarde de ontem (12). Foto: Ivan Ambrósio

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O Penápolis Shopping Center, que fica na região central da cidade, passou por uma nova perícia na tarde de ontem (12). Em 23 de novembro de 2019, a marquise de uma das portas de entrada, na avenida Bento da Cruz, desabou, ceifando precocemente a vida da jovem Késia Aquilino Cândido, de 18 anos, e ferindo a fisioterapeuta Juliana Maria Garcia, de 38.

Este novo procedimento, segundo apurado pelo INTERIOR, foi um pedido da defesa da direção do empreendimento, sendo-o concedido pela Justiça, que nomeou o engenheiro civil Duarte Makino Matsumoto para a realização dos trabalhos. A defesa do shopping indicou uma assistente técnica para acompanhar a ação, que também foi supervisionada pelos advogados da família da jovem e do empreendimento.


TRAGÉDIA

A tragédia ocorrida, além de repercutir nacionalmente, trouxe grande comoção. No dia do acidente, testemunhas relataram que ouviram um barulho assustador e correram para frente do shopping, quando viram a estrutura caída. Houve choro, pânico e pedidos de socorro. Késia foi ao Centro para adquirir uma peça de roupa.

O marido, que estava com o filho, estavam em um lava jato. Após fazer sua compra, a jovem foi até o shopping usar o celular da irmã – que trabalhava em uma das lojas -, já que seu aparelho estava em casa carregando a bateria. Após entrar em contato com o esposo, a vítima se despediu e foi até o lado de fora, embaixo da marquise para esperá-lo, quando a estrutura cedeu.

A fisioterapeuta foi socorrida por uma ambulância e levada ao pronto-socorro. Devido à gravidade, foi transferida para um hospital particular de Araçatuba, onde passou por procedimento cirúrgico na coluna e ficou internada por 11 dias. Equipes dos bombeiros de Penápolis, Araçatuba e Birigui rapidamente chegaram ao local.

Policiais militares e civis, alguns até de folga, ajudaram nos trabalhos. Populares também auxiliaram. Dois caminhões-munck foram usados no resgate e na retirada dos escombros. Uma semana após o ocorrido, familiares e amigos de Késia fizeram uma homenagem pela cidade.

A coordenadoria municipal de Defesa Civil decidiu na época que o Penápolis Shopping Center permanecesse interditado até que houvesse a apresentação de um laudo técnico que atestasse a segurança do prédio e a atualização do AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), já que as portas de evacuação tinham sido reduzidas.

Em 4 de dezembro de 2019, o centro de compras foi reaberto, após liberação de laudos técnicos e periciais que atestaram as condições de operacionalidade. Na época, para o funcionamento do empreendimento, a direção deveria seguir todas as orientações contidas no laudo expedido pela engenheira especialista em estruturas de concreto armado e pelo Corpo de Bombeiros.

Oito dias depois, a Defesa Civil se reuniu novamente e manteve o funcionamento do prédio, cuja estrutura estava segura, tanto no interior, como em seu entorno, sem nenhum risco aos frequentadores do espaço, conforme laudos técnicos.

Elas estavam adequadas às normas técnicas exigidas pelos órgãos competentes. Em fevereiro de 2020, técnicos da empresa Azeredo Engenharia, de São Paulo, realizaram uma avaliação e testes para início de recuperação de parte da estrutura onde estava a marquise.

No período, a direção do centro de compras informou que os trabalhos eram providências normais e não por qualquer problema estrutural do shopping, que recebe, semanalmente, vistoria e se encontra em “perfeitas condições de estabilidade”.

Em julho do mesmo ano, a marquise da rua São Francisco foi demolida. Na época, o procedimento já estava programado para ocorrer, mesmo a direção do empreendimento ter laudos comprovando a segurança da estrutura. A medida foi tomada em virtude do alto custo desembolsado pela direção do shopping em fazer uma avaliação a cada cinco anos da estrutura.



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