Obras do Museu da Língua Portuguesa são concluídas
Educação
Expectativa é que museu seja reinaugurado em 25 de junho de 2020
Da Redação/Agência Brasil 17/12/2019O governo de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (16) a conclusão das obras de restauro e de readequação do Museu da Língua Portuguesa, que fica na Estação da Luz, em São Paulo. O museu, dedicado ao idioma nacional, está fechado para reconstrução desde que foi atingido por um incêndio, em dezembro de 2015. A expectativa do governo é de que o museu seja reinaugurado no dia 25 de junho do próximo ano.
“O museu, a partir de agora, começa sua montagem. As obras estão entregues, dentro do prazo, conforme o previsto. A partir de agora começa a montagem do acervo”, disse o governador João Doria.
Segundo o governador, o museu será ainda mais interativo. “Crianças, jovens e adultos, inclusive as pessoas com deficiência, terão aqui a oportunidade desta interação. A tecnologia ajuda e contribui com a interação”, disse Doria.
A nova expografia do museu oferecerá experiências inéditas como as seções Sons das Línguas do Mundo, que vai destacar 20 das mais de 7 mil línguas faladas hoje; Falares, que traz os diferentes sotaques e expressões no Brasil; e Nós da Língua Portuguesa, que aborda sua presença no mundo, com a diversidade cultural da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Serão mantidas as áreas Palavras Cruzadas, que mostra as línguas que influenciaram o português no Brasil; e a Praça da Língua, um espetáculo imersivo de som e luz que homenageia o português escrito, falado e cantado.
“Nós teremos aqui um centro de referência e estudos da língua portuguesa. Então teremos não apenas uma área voltada ao público em geral, mas também um espaço para pesquisadores, estudiosos e outro para debates e seminários sobre a língua portuguesa e a diversidade cultural como temas principais”, disse o secretário de Cultura e Economia Criativa, Sérgio Sá Leitão. Segundo ele, a entrada no museu será gratuita aos sábados. Nos demais dias, será gratuito somente para professores e policiais do estado. O espaço funcionará de terça-feira a domingo.
O custo total da obra foi R$ 81,4 milhões, referentes às obras e a implantação do museu, incluindo apoio de patrocinadores como a EDP, o Grupo Globo, o Grupo Itaú e a Sabesp e apoio do governo federal e da Fundação Calouste Gulbenkian, além do valor do seguro.
A obra de restauração do Museu da Língua Portuguesa abrangeu serviços de recuperação das fachadas e esquadrias e reconstrução da cobertura e dos espaços internos. Também foi melhorada a infraestrutura e a segurança do museu contra incêndios, com a instalação de sprinklers, que são chuveiros acionados automaticamente para a extinção de incêndios.
A área ocupada pelo museu também foi expandida, incluindo novos espaços como um mirante e um café no terraço, onde será possível observar o Parque da Luz.
Também hoje o governo de São Paulo anunciou o lançamento do edital de licitação para a contratação da organização social que vai fazer a gestão do museu. Segundo Sá Leitão, as empresas devem manifestar interesse até o dia 29 de janeiro. O edital pode ser consultado no site da secretaria . “Temos aqui em São Paulo o modelo de gestão [de museus e equipamentos culturais] por organizações sociais, com exceção do Memorial da América Latina e da TV Cultura, que são geridos por fundações”, disse o secretário.
ACESSO
Outra novidade é que haverá acesso direto de estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para o Museu da Língua Portuguesa e também para a Sala São Paulo. "Isso vai facilitar o acesso das pessoas que utilizam os trens da CPTM. Terá mais agilidade, mais acessibilidade e, consequentemente, mais oportunidade de frequência [aos equipamentos culturais]", disse Doria. "Também vamos criar um passaporte que as pessoas poderão adquirir para ter acesso a todos esses equipamentos, com um preço com desconto".
Entre 2006 e 2015, o museu recebeu cerca de 4 milhões de visitantes. O governo espera que 600 mil pessoas visitem o museu no seu primeiro ano após a reabertura. (*) Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil São Paulo
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