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Operação Blackjack da Polícia Civil prende duas pessoas em Penápolis

Polícia

Dupla faria parte de uma organização criminosa que age dentro e fora dos presídios

Presos em Penápolis seriam os responsáveis em passar informações sobre a venda das rifas na região

Presos em Penápolis seriam os responsáveis em passar informações sobre a venda das rifas na região. Foto: Ivan Ambrósio

JOVEM PAN PENÁPOLIS

Duas pessoas foram presas, na manhã desta quinta-feira (3), em Penápolis, durante a Operação Blackjack, desencadeada pela CPJ (Central de Polícia Judiciária) de Presidente Venceslau.

Eles, segundo as investigações, fazem parte de uma organização criminosa que age dentro e fora dos presídios paulistas e seriam os responsáveis na região de Araçatuba em repassar informações referentes a Sintonia da Rifa, fonte de recursos financeiros do grupo.

A dupla foi capturada logo pela manhã no Jardim Pevi e na Vila Planalto. A ação contou com o apoio de investigadores da delegacia do município de Penápolis, da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) e do GOE (Grupo de Operações Especiais), ambos de Araçatuba.

Celulares e materiais contendo anotações foram apreendidos e passarão por análise. Os trabalhos prosseguem e os envolvidos, após serem ouvidos, serão encaminhados para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Nova Independência.


INVESTIGAÇÕES

Conforme o delegado da seccional de Presidente Venceslau, João Paulo Tardin, as investigações começaram há três meses, quando uma pessoa foi identificada e presa, sendo encontrado diversos materiais que faziam alusão à difusão da loteria ilegal, denominada como “Rifa” ou “RF”.

Os presos em Penápolis, segundo ele, seriam os responsáveis pela transmissão das informações aos demais membros. A distribuição é feita a faccionados responsáveis pela venda de cartelas em municípios da “Regional 018”, e a arrecadação dos respectivos valores é em benefício do crime organizado.

Esse setor é a 3ª maior fonte de recursos financeiros para manutenção dos seus ideais, principalmente em auxílio à atividade de domínio do narcotráfico, aumentando, em última análise, o poder econômico-financeiro do crime organizado.

Estima-se que a cada edição de sorteio da rifa, normalmente realizada bimestralmente, a organização criminosa confecciona e comercializa, em média, 60 mil números, ao custo individual de R$ 40, gerando uma receita bruta de aproximadamente R$ 2,4 milhões. Os prêmios ofertados são imóveis, apartamentos ou residências, veículos e valores em espécie.


MANDADOS

Além de Penápolis, a operação é feita por 130 policiais civis nas cidades de Caiuá, Pacaembu, Tupi Paulista, Martinópolis, Presidente Prudente, Presidente Venceslau, Santo Anastácio, Cândido Mota, Birigui, Mirandópolis, Pereira Barreto e Valparaíso.

Ao todo, são cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, um de temporária e 26 de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Presidente Venceslau.



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