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Operadoras de telefonia e financeiras lideram ranking de reclamações em Penápolis em 2021

Economia

Foram 320 reclamações registradas o ano retrasado; em 2021, número aumentou para 619

Reclamações dos consumidores cresceram mais de 93% em Penápolis entre 2020 e 2021

Reclamações dos consumidores cresceram mais de 93% em Penápolis entre 2020 e 2021. Foto: Arquivo/JI

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As reclamações dos consumidores com relação a operadoras de telecomunicações, bancos, financeiras, agências de recuperação de crédito e outras empresas cresceram mais de 93% em Penápolis entre 2020 e 2021.

Os dados foram disponibilizados pelo Ministério da Justiça, após levantamento exclusivo ao INTERIOR feito pelo pesquisador em economia local e regional, professor Marco Aurélio Barbosa de Souza, da FAC-FEA (Faculdade da Fundação Educacional de Araçatuba).

Segundo os números, no ano retrasado, foram 320 reclamações registradas. Já em 2021, a quantidade saltou para 619. Conforme os dados, deste total, 271 foram para as operadoras de telefonia, 127 para agências bancárias, financeiras e administradoras e 91 para recuperadoras de créditos.

Demais setores, como comércio eletrônico, transporte aéreo, fabricantes, energia elétrica, seguros, viagens, entre outros, também foram alvos de reivindicações sobre os serviços prestados. Entre os assuntos mais reclamados pelos consumidores, estão internet móvel e cartões de crédito, débito e de lojas.

A Senacon (Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor) realiza o monitoramento mensal das reclamações dos consumidores brasileiros em relação a produtos, serviços e empresas e também as soluções aos problemas apresentados, formando o sistema nacional de defesa do consumidor. O objetivo é o aprimoramento das políticas públicas de defesa dos consumidores.


REGIÃO

Já nas quatro maiores cidades da região, incluindo Penápolis, as reclamações com relação a crédito pessoal, consignado e empréstimos cresceram 736,54%. Em 2020, foram 104 reclamações registradas pelos consumidores sobre os três temas supracitados. Já no ano passado, a quantidade saltou para 870.

Outro dado interessante é que, em 2020, o crédito pessoal e os empréstimos ocupavam a 21º posição do ranking dos assuntos mais reclamados pelos consumidores dos municípios pesquisados. No ano passado, foi para o 1º lugar. Já os problemas envolvendo o crédito consignado, que estavam em 6º, subiram para 2º.

Conforme explicou Souza, a situação crítica da economia durante a pandemia da Covid-19, o novo coronavírus, além da aceleração inflacionária e a redução do poder aquisitivo das famílias, somada a queda da renda real, levaram ao maior número de pessoas a procurarem por crédito e empréstimos no sistema financeiro.

Isso, consequentemente, gerou problemas e reclamações, que também cresceram em relação a essas modalidades de serviços, como ficou evidenciado pela expressiva ampliação das reivindicações no ano passado.

“Os consumidores precisam redobrar a atenção na hora de realizarem suas compras de bens e serviços, em especial, com o sistema financeiro (solicitações de crédito, empréstimos, uso do crédito consignado, cartão de crédito, entre outros)”, destacou.

O pesquisador ainda orientou sobre a necessidade de fazer minuciosa pesquisa, ler com atenção os contratos, procurar ajuda e orientação de especialistas, bem como conversar com pessoas que conhecem a empresa, produto e mercado.

“No caso do crédito consignado e outras modalidades, com o aumento da oferta e as facilidades trazidas pela tecnologia, nota-se o aumento da demanda por essas modalidades, porém, sem que as pessoas façam uma análise mais apurada da necessidade, dos valores das taxas de juros, do comprometimento da renda com o empréstimo e do impacto no orçamento familiar, fatores que poderão desencadear o início de um ciclo de endividamento”, ressaltou.

Souza frisou que há casos em que os bancos enviam cartões de crédito sem a solicitação e ampliam os limites muito acima da capacidade financeira do indivíduo. “São facilidades que podem depois trazer grandes problemas”, observou.

O professor alerta que os dados evidenciaram o crescimento das reclamações em relação ao crédito consignado para os beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), aposentados e pensionistas, segmento que demanda atenção e, nesse sentido, recentemente, por meio de medida provisória, o governo ampliou a margem do empréstimo consignado de aposentados e pensionistas, dos atuais 35% do valor do benefício para até 40%.



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