Paciente de Hospital de Custódia é detido ao usar drogas dentro de ônibus em Penápolis

Polícia

Ele foi abordado no Terminal Rodoviário na noite de terça-feira (14)

Ivan Ambrósio 15/03/2023

Um jovem de 27 anos foi detido, na noite desta terça-feira (14), em Penápolis, ao fazer uso de entorpecentes dentro de um ônibus. Ele, que estaria internado em um hospital de custódia em Franco da Rocha (a 489 km), foi abordado por policiais militares por volta das 22h30 no Terminal Rodoviário.

A equipe fazia patrulhamento, quando foi acionada a comparecer no local. Chegando lá, o motorista da empresa relatou que o investigado havia consumido maconha dentro do banheiro do veículo. Ele foi abordado pelos PMs, que encontrou três cigarros e uma porção da droga. Questionado, o rapaz confessou que era usuário.

Ainda durante a revista, os militares encontraram um documento, que informava que ele estava preso em um HCTP (Hospital de Custódia e de Tratamento Psiquiátrico) 2 em Franco da Rocha, constando saída no começo do mês e o retorno nesta quarta (15), às 16h.

O jovem foi levado ao plantão policial para prestar esclarecimentos. Foi feito contato na unidade, confirmando a veracidade das informações contida no documento encontrado. Após ser ouvido, foi liberado. As drogas foram apreendidas.

Em nota, a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) informou que o rapaz estava em visita domiciliar acompanhada por familiares em períodos autorizados pela equipe médica e pelo juiz corregedor responsável, ação que faz parte do tratamento.

“Ele está em medida de segurança desde 26 de agosto de 2019 e, após o episódio, retornou ao HCTP, sendo avaliado pela equipe médica”, explicou. O órgão ainda informou que os pacientes não são beneficiados com saída temporária concedida pelo Poder Judiciário, tendo em vista que são considerados pacientes em medida de segurança em decorrência da sentença judicial e perícia médica, sendo considerados inimputáveis.


HOSPITAL

O HCTP 2 foi inaugurado em 10 de janeiro de 2002. Ele foi criado com a finalidade de trabalhar especificamente em regime de desinternação progressiva, inspirado em um projeto criado em 1989 na primeira unidade. Ela tem a capacidade para atender 200 pessoas e, segundo a SAP, possui 192.

O hospital é destinado ao tratamento de pacientes com medida de segurança e tem o intuito de disponibilizar assistência e acompanhamento terapêutico aos pacientes com a finalidade de reinserção no meio social. A desinternação progressiva acontece sempre por meio de autorização judicial, embasada em relatório produzido pela equipe técnica que acompanha os pacientes.

Após a avaliação inicial dos profissionais da equipe multidisciplinar - enfermagem, médico psiquiatra, assistente social e psicólogo - e o respaldo efetivo da família, o paciente gradualmente retorna ao meio social, por meio das visitas domiciliares.

Estas são geralmente iniciadas com três dias e vão sendo paulatinamente ampliadas. Neste período, a família e o paciente são orientados a procurar a retaguarda da Secretaria Estadual da Saúde no CAPs (Centro de Atenção Psicossocial) mais próximo da residência, onde recebe toda a medicação necessária.