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Padre pede ao prefeito Caíque Rossi que libere missas presenciais em Penápolis

Religião

Pároco da Paróquia de São José Operário se reuniu com o chefe do Executivo

Pároco entregou requerimento ao prefeito Caíque Rossi na última terça-feira (30)

Pároco entregou requerimento ao prefeito Caíque Rossi na última terça-feira (30). Foto: Divulgação

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Na semana em que os católicos celebram a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo, as celebrações das missas presenciais em todo o Estado estão suspensas, por determinação do governo, como medida adotada dentro das demais da Fase Emergencial do Plano São Paulo de combate a Covid-19, o novo coronavírus. As restrições estão em vigor desde 15 de março.

Apesar das celebrações com a presença de público não poderem ser feitas, os templos estão abertos para manifestações individuais. Mesmo assim, o pároco da Paróquia de São José Operário, do bairro Cidade Jardim, padre Paulo Ferraz, se reuniu na última terça-feira (30), com o prefeito Caíque Rossi (PSD), solicitando se ele possa intervir e permitir a celebração presencial de missas.

Na oportunidade, o sacerdote entregou um requerimento reiterando que, neste momento de pandemia, as celebrações são consideradas essenciais e fundamentais, como meio para que os cristãos renovem suas esperanças, principalmente quando ouve-se a mensagem de Jesus: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso”, baseado em Mateus, capítulo 11 e versículo 28.

Ainda no documento, pede-se que o prefeito decrete todas as celebrações, missas e cultos como “prioridade imprescindível”, determinando e autorizando as suas realizações, respeitando às regras sanitárias e de distanciamento social. “Tal solicitação é necessária diante do sofrimento imódico de toda sociedade gerado pela pandemia da Covid-19, que assola o mundo todo”, diz o requerimento.


SEMANA

Segundo o pároco, o pedido torna-se ainda mais especial por se tratar da Semana Santa, celebrada pelos católicos. “Com muita fé, acredita-se na ação e intervenção de Deus, que caminha junto à criação no decorrer das gerações. Renova-se forças, pois trata-se de convite a aderir ao caminhar do calvário com Cristo, contemplando o Senhor que foi açoitado, recebeu bofetadas e teve todo o corpo chagado”, destacou.

Durante conversa com Caíque, o padre ainda ressaltou compreender que a proibição de missas se dá ao decreto estadual, como forma de prevenir a doença. “Sabemos dos cuidados necessários e o quanto é importante a prevenção. Por isso, reiteramos o pedido para que seja liberada as missas, com ocupação de, pelo menos, 10% da capacidade máxima do templo. Desta forma, seria possível distanciamento das pessoas dentro do templo. Estar espiritualmente ligados a Deus faz com que haja sobriedade e calma com as perdas ao meu redor”, finalizou o pároco.

O prefeito destacou que entende o pedido feito, mas que, até o momento, tem seguido o Plano São Paulo, sendo, por este motivo, não liberar os cultos e missas em sua coletividade. Caíque explicou que se, por conta própria, realizasse a liberação da atividade, o município correria o risco de ter seu decreto cancelado por uma liminar judicial. Ele mesmo afirmou que consultaria o Ministério Público de Penápolis para saber como está liberação poderia ocorrer, tendo em vista que a atividade religiosa também é considerada essencial através de decreto do governo federal.

“Entendo o pedido e a necessidade dos cristãos em participarem de missas e cultos na forma presencial. Entretanto, é preciso que sigamos o decreto estadual para que não haja punições futuras. Mesmo assim, estamos enviando ofício ao MP, para que possamos dialogar e entender esta situação. Com isso, poderemos tomar qualquer decisão, baseado naquilo que é o correto a se fazer”, concluiu.



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