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Padres e pastores limitam número de fiéis em missas e cultos

Região

Para participar de celebrações presenciais nas igrejas em Rio Preto, fiéis precisam de senhas ou de nome na lista. Medidas são para evitar aglomeração

Missa na capela da Catedral: quantidade reduzida de fiéis, que precisam dar nome na secretaria para frequentar as celebrações

Missa na capela da Catedral: quantidade reduzida de fiéis, que precisam dar nome na secretaria para frequentar as celebrações. Foto: Guilherme Baffi

JOVEM PAN PENÁPOLIS

"Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles". O trecho do evangelho de Mateus tem sido levado ao pé da letra em igrejas de Rio Preto, que têm reaberto as portas para receber os fiéis e, para evitar aglomerações, limitam a entrada de pessoas. Lista com nomes para participar das celebrações e senhas têm sido as estratégias.

Desde o começo da quarentena contra a Covid-19, padres e pastores fecharam as portas dos templos, em obediência ao decreto do prefeito, Edinho Araújo (MDB), que previa multa de R$ 6 mil para quem desrespeitasse as regras. Uma igreja evangélica chegou a ser punida, conforme lista divulgada regularmente pela Vigilância Sanitária.

Com a entrada das igrejas entre os serviços essenciais e a flexibilização da quarentena, os líderes religiosos voltaram a abrir os templos, mas com quantidade de fiéis reduzidas - além de abasteceram os estoques de álcool em gel e exigirem o uso de máscara. Houve marcação e posicionamento de bancos para que os fiéis mantenham entre si uma distância mínima de 1,5 metro.

Após dois meses, as missas retornaram na Catedral de São José, no Centro, mas com entrada permitida para no máximo 30 pessoas por celebrações. "Quem quiser participar das missas tem de deixar o nome na secretaria da Catedral. Mas só entra quem está de máscara, sem sintomas de qualquer gripe", diz o pároco Deusdet Aparecido Zanfolim.

O padre Silvio Roberto dos Santos, da Paróquia Menino Jesus de Praga, no São Manoel, acostumado a celebrar para 800 pessoas por missa, teve de reduzir em 90% a quantidade de pessoas para se adequar à nova realidade criada pela pandemia. "Vamos reabrir nossas portas neste final de semana, com uma missa no sábado, 30, às 19h e no domingo, 31, às 18h, mas apenas para 80 pessoas", explica o sacerdote.

A mesma metodologia será implantada nas igrejas de Nossa Senhora do Sagrado Coração, na Redentora, Nossa Senhora do Brasil, no São Deocleciano, Divino Espirito Santo, no Solo Sagrado, e Santo Expedito, no Gabriela.

Os padres dessas igrejas vão seguir à risca a recomendação da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), de só entregar a hóstia nas mãos dos fiéis, e não na boca, como era de costume. A medida foi adotada para evitar o risco do celebrante ou mesmo do ministro da eucaristia transmitirem o vírus.

Para não ter a fila de comunhão, outro risco de aglomeração, o celebrante e o ministro vão até cada um dos fiéis para entregara hóstia. Também foi abolida temporariamente a fila do ofertório. A doação em dinheiro poderá ser deixada em um cesto que fica na entrada da igreja.


EVANGÉLICAS

As mudanças também aconteceram durante os cultos evangélicos. O pastor Isael Alves Viana Júnior, que orava para 500 pessoas por culto, agora teve de limitar a quantidade para 120. "Limitamos a quantidade e aumentamos o espaçamento entre os bancos, que são higienizados antes e depois do culto, para evitar qualquer risco de contaminação", diz o pastor da Assembleia de Deus, Ministério Chamados para Jesus.

Para todo mundo ter direito a praticar sua fé, os pastores evangélicos dobraram a quantidade de horários de cultos, para dar chance de todos terem direito ao que eles chamam de chuva de graças.

Para não deixar ninguém sem oração, padres e pastores vão manter a principal ferramenta usada durante a quarentena, a transmissão de cultos e missas pelas redes sociais Facebook, Instagram e YouTube. (*) Por Marco Antonio dos Santos/Diário da Região



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