Pandemia aumenta demanda e SOS busca ajuda
Cidade
Impossibilitada de promover ações para arrecadação, entidade busca doações mensais
Carlos Netto 29/05/2020A chegada da frente fria que provocou queda de temperatura durante a semana na região, aliada à pandemia da Covid-19, fez com que o SOS (Serviço de Obras Sociais) de Penápolis tivesse o seu trabalho elevado. O aumento foi constatado, principalmente, nos serviços de acolhimento institucional para adultos e suas famílias - casa de passagem -, atendimento focado aos moradores de rua e visitas da equipe multidisciplinar com assistência, educação social e psicologia.
O vice-presidente Laureano Luís Ferreira explicou que o trabalho desenvolvido e as dificuldades encontradas nesse momento foram pela quarentena imposta pelo novo coronavírus e, depois, o frio que atingiu a clientela assistida na entidade.
Segundo ele, durante os meses de fevereiro, março e abril, foram atendidas 68 pessoas, número registrado de moradores que estão em situação de rua em Penápolis. “Em maio não estamos visitando os focos por conta da pandemia, mas disponibilizando atendimento como pernoite, alimentação e higienização em nossas dependências”, informou.
AJUDA
Ferreira avaliou que a pandemia trouxe aumento na demanda e, com isso, a entidade está passando por dificuldades e impossibilitada de promover ações para arrecadação de dinheiro. “Tivemos que cancelar eventos importantes que contribuiriam com a entidade. Sendo assim, estamos precisando muito que os nossos colaboradores mensais continuem doando e também precisamos de alimentos em geral”, solicitou.
Como a demanda aumentou consideravelmente, o SOS pede a colaboração da comunidade para a doação de materiais de higiene pessoal, como shampoo, creme dental, sabonete, escovas de dente, absorvente e papel higiênico. “Quem puder colaborar com produtos de limpeza, precisamos de sabão em pó, desinfetante, detergente, esponja de aço e água sanitária. Também estamos abertos às doações de roupas de cama, mesa e banho”, destacou. Um dos telefones para contato é o (18) 3652-1976.
PÁTRIA VOLUNTÁRIA
A entidade foi aprovada e já está participando do ‘Pátria Voluntária’, programa nacional de incentivo ao voluntariado, vinculado ao Ministério da Cidadania e que tem por objetivo fomentar a prática do voluntariado como um ato de humanidade, cidadania e amor ao próximo, bem como de estimular o crescimento do terceiro setor, contribuindo para a transformação do Brasil em um país mais justo e mais solidário.
Entre as finalidades estão à promoção do voluntariado de forma articulada entre o governo, as organizações da sociedade civil e o setor privado. Também incentiva o engajamento social e a participação cidadã em ações transformadoras da sociedade.
“Como fomos aprovados, precisamos que o nosso projeto seja divulgado junto à comunidade para que possamos receber as doações. Os interessados podem acessar o link patriavoluntaria ou entrar em contato com a entidade para mais detalhes”, destacou Ferreira.
PROGRAMAS
O vice-presidente relatou que o SOS presta três tipos de atendimento aos que estão nas ruas, sendo um deles a “Casa de Estar”, direcionado aos moradores fixos na entidade e que atende 15 pessoas na moradia localizada na sede da instituição em situação de abandono ou desabrigo.
Além disso, oferece a oportunidade para fortalecimento pessoal, familiar e social, com vistas à inclusão, autonomia e independência. A capacidade de atendimento é de 15 adultos, mas a demanda atual tem 13 pessoas.
“Já a “Casa de Passagem” é um albergue com capacidade para atender até 15 pernoites diárias com alimentação que englobam café da manhã, almoço e jantar para pessoas em situação de rua, desabrigados por abandono, vínculos familiares rompidos, migração e ausência de residência ou em trânsito e sem condições de se sustentarem”, relatou.
Segundo Ferreira, a meta é receber 150 usuários e caracteriza-se pela oferta de acolhimento imediato e emergencial. Distingue-se por ter um fluxo mais rápido, uma vez que recebe indivíduos em trânsito, é ofertado alimentação, higienização, pernoite e passagem, em necessidades específicas de atendimentos mais complexos é encaminhado aos devidos serviços de origem fundamentais ao caso.
Há ainda o oferecimento de café da manhã com capacidade para 50 pessoas, incluindo os que pernoitaram e os moradores da “Casa de Estar”, além de 50 refeições no almoço e jantar. “A meta de atendimento mensal no albergue, que era de 150, passou a ser 450. São três mil refeições, mas a meta era metade disso”, disse o vice-presidente. A entidade tem mais quatro projetos que atende crianças de zero a seis anos, de sete a 14, adolescentes de 15 a 18 (menor aprendiz) e idosos.
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