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Pandemia do coronavírus já provoca falta de gás de cozinha em Penápolis

Cidade

Alguns depósitos não têm o produto no estoque, enquanto outros atendem clientes em menor quantidade

Depósitos de gás em Penápolis já sentem falta do botijão de 13 kg, em razão da grande procura

Depósitos de gás em Penápolis já sentem falta do botijão de 13 kg, em razão da grande procura. Foto: Arquivo/JI

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Em meio à pandemia de coronavírus, consumidores estão reclamando que está faltando o botijão de gás de cozinha em São Paulo. Em Penápolis, também por conta do Covi-19, a situação segue o mesmo ritmo das demais cidades do Estado, embora os revendedores consultados pelo INTERIOR tenham informado que as distribuidoras estão entregando com atraso, e em quantidade abaixo do normal.

Até o fechamento da edição, na tarde desta quarta-feira (1) alguns depósitos tinham o botijão para venda, com preços variando de R$ 65 a R$ 70. Um deles disse que, embora o governo tenha anunciado redução no preço, na última entrega pagou dois reais mais caro.

Para Emerson Granzoti, da empresa que leva o seu nome, é importante salientar que a falta de gás no mercado se deve à corrida das pessoas que compram o gás para estocar em suas residências.

“Com o pessoal propagando que vai faltar, que vai subir, as pessoas correm aos depósitos para comprar mais do que precisa”, relatou. Ele explicou que não é preciso ter esse tipo de conduta, e se todos comprarem dentro do período em que estão acostumados, não vai faltar gás de cozinha para ninguém.

“Se a pessoa gasta um botijão a cada 20 ou 30 dias, deve continuar assim. Agora, se todos correrem para estocar, vai falta mesmo”, lamentou. Avaliou que não se trata de uma falta constante, para todos os revendedores da cidade, situação que poderia justificar ‘certa correria’ para comprar.

“Hoje eu não tenho o botijão, mas outro pode ter e atender nesse dia. Amanhã eu tenho, outros têm, e o mercado fica abastecido e estável. Não precisa dessa correria”, alertou Granzoti.

Para Roberval Teixeira da Silva, do Depósito Penápolis, na região central, a falta do produto também é justificada pela corrida das pessoas aos depósitos para estocar.  Segundo ele, ao propagar por meios de redes sociais que pode faltar gás, que vai subir o preço, prejudica ainda mais”, alertou.

Ele lembra que a população não precisa estocar, e se se todos comprarem como sempre compraram, dentro da normalidade, não vai faltar gás na cidade. “Agora, por exemplo, minha entrega está com um dia de atraso, mas isso está ocorrendo por conta do aumento da demanda”, relatou. Mesmo assim, o deposito tinha botijão disponível na tarde de ontem, conforme confirmado pela reportagem.

Na capital, quando o consumidor encontra botijões, eles são vendidos por preços abusivos, chegando a custar até R$ 100, bem acima do valor cobrado, em média, no mercado. Geralmente o preço de cada botijão de 13 kg é vendido por R$ 70, dentro da média do valor cobrado aos paulistanos.

Na região, Araçatuba começou a sentir isso desde a semana passada, conforme apurado pela reportagem, levando o consumidor a procurar pelo produto, o que reflete no aumento da demanda. Um dos revendedores daquele município, ouvido pela reportagem, informou que não é a falta do produto, mas sim uma redução na quantidade entregue normalmente pelas distribuidoras, causada pela demanda ser maior.

Situação mais grave, inclusive com destaque televisivo em toda a região, foi São José do Rio Preto, onde a maioria dos revendedores registraram a falta do produto. Os que ainda tinham o botijão, por conta de grande estoque, aumentaram em R$ 3, com o preço máximo a R$ 78.


PETROBRAS

As distribuidoras de gás dizem a queda na entrega do produto pelos fornecedores e a alta procura dos consumidores, levou à escassez do gás, fazendo com que os revendedores, por mais de uma semana, diminuíssem a quantidade da entrega do botijão de gás.

Em nota, a Petrobras afirmou que o abastecimento de gás liquefeito de petróleo (GLP) está normal em todo País. "As entregas estão sendo realizadas normalmente nos pontos de fornecimento conforme informado às distribuidoras. Não há qualquer necessidade de estocar botijão de gás neste momento, pois não haverá falta de produto para abastecer a população". A Petrobras ainda anuncia que reforçará o abastecimento do botijão de gás, através de compras adicionais já efetuadas dentro do seu programa regular de importação.

O Sindigás (sindicato que representa as distribuidoras de botijão de gás) diz que, de acordo com levantamento realizado junto às associadas, a demanda pelo botijão de gás permanece elevada. Com isso gera um atraso momentâneo em alguns locais, com filas dos revendedores para retirar o produto. "O consumidor antecipou suas compras, gerando uma corrida desnecessária para a compra do botijão. A situação está sendo monitorada permanentemente. As alterações necessárias para adequar o suprimento estarão concluídas no prazo de uma semana a 10 dias".

As autoridades lembram que fazer estoque dos botijões, além de ser perigoso o risco de explosões, também prejudica quem precisa do produto e não pode comprar porque está em falta.


 



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