Pandemia faz explodir abertura de lojas de vestuários e varejo de bebidas em Penápolis
Economia
Necessidade de gerar fonte de renda e oportunidade de mercado levou ao aumento
Ivan Ambrósio 22/08/2021Em busca de oportunidade de negócio como fonte de renda durante a pandemia da Covid-19, o novo coronavírus, muitos empreendedores penapolenses tem apostado no ramo de vestuários e acessórios e no de depósitos de bebidas ou serv-festas, como são popularmente conhecidos.
Desde o ano passado, a cidade teve uma “explosão” de aberturas de empresas nestas duas áreas. Segundo dados disponibilizados no portal Mapa de Empresas, do Ministério da Economia, de janeiro a julho 2020, a cidade tinha 16 lojas de vestuário e acessórios. No mesmo período deste ano, a quantidade chegou a 38, um aumento de 137%. Todas, segundo a plataforma, são microempresas ativas.
BEBIDAS
Já o setor de bebidas subiu mais de 171%, passando de sete para 19. O aumento no desemprego e o crescimento no consumo de bebidas durante a quarentena estão entre os motivos para a expansão deste ramo no município. Em todo o Estado de São Paulo, o crescimento foi de 80%.
Entre 2020 e 2021, foram abertas 25.851 empresas do segmento e, em 2019, apenas 8.854. Esse crescimento, segundo especialistas, acompanha o aumento no consumo de bebidas.
Segundo relatório da CervBrasil (Associação Brasileira da Indústria da Cerveja), a ingestão dentro de casa aumentou 5% no acumulado dos últimos 12 meses. Junto com o refrigerante, a cerveja representa até 60% do faturamento destas empresas, conforme estudos do Sebrae.
A plataforma ainda aponta que outro setor que progrediu este ano foi o de cabeleireiros, manicure e pedicure. Somente de janeiro a julho, foram abertos 31 estabelecimentos, ante 29 no mesmo período em 2020.
Em maio, levantamento feito pela secretaria de Desenvolvimento e Trabalho da Prefeitura, a pedido do INTERIOR, mostra que, de março a dezembro de 2020, houve a abertura de 262 novos CNPJs (Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas) e, de janeiro a maio deste ano, mais 104, totalizando 366.
O mesmo resultado ocorreu nas que são enquadradas no Simples Nacional, como, por exemplo, o ME (Microempresa), que 187 aberturas de março a dezembro e 64 de janeiro até o último dia 15 deste mês, resultando em 251. Já no quesito Lucro Real e Presumido, que engloba comércio, bares, restaurantes, barbearias, entre outros setores, totalizando 99 novos inscritos, sendo 46 nos cinco primeiros meses deste ano e 53 de março a dezembro de 2020.
NACIONAL
O número de novas empresas no país cresceu. O Ministério da Economia informou que 3,359 milhões de empresas foram abertas no Brasil no ano passado. Segundo o governo, o número foi o maior desde início da série histórica, em 2010. Os dados estão no Mapa de Empresas, ferramenta digital do Ministério da Economia para acompanhamento de dados sobre registro empresarial no Brasil.
Esse crescimento ocorreu em meio à pandemia do novo coronavírus, que gerou recessão na economia brasileira e tombo estimado de mais de 4% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2020. Em 2019, por exemplo, foram abertas 3,17 milhões de empresas e foram fechadas 1,18 milhão.
De acordo com o ministério, o tempo para abertura de empresa no Brasil era, em média, de dois dias e 13 horas no final de 2020. Em relação ao verificado ao final de 2019, houve uma redução de um dia e 22 horas (43%) no prazo. Ainda segundo a pasta, o país possuía, no fim do ano passado, 19,9 milhões de empresas abertas no país, das quais 11,2 milhões eram de MEIs, ou seja, 56,6% do total.
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