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Para diminuir despesas e aumentar receita, OS adota medidas na Santa Casa

Saúde

Dentre as ações, está a redução do quadro de funcionários, passando de 320 para 250

Ideia da associação que administra o hospital é passar de 320 para 250 funcionários

Ideia da associação que administra o hospital é passar de 320 para 250 funcionários. Foto: Ivan Ambrósio

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Na administração da Santa Casa de Misericórdia de Penápolis desde julho do ano passado, a OS (Organização Social) AHBB (Associação Hospitalar Beneficente do Brasil) tem adotado uma série de medidas que, segundo eles, fazem parte do plano de trabalho para reduzir às despesas e aumentar a receita.

Dentre as ações, a associação iniciou algumas demissões no quadro de funcionários. O superintende do hospital, Roberto Torsiano, disse que, levantamento feito pela OS após assumirem a gestão apontou que, dos 320 funcionários que compõem o quadro, 75 são além da necessidade.

“Diante disso, foi necessário fazermos algumas adequações, pois, da forma como está, além da folha estar comprometida em mais de 50% dos recursos que a unidade recebe, infelizmente precisamos tomar esta medida para honrarmos os compromissos trabalhistas e para que a unidade continue tendo boas condições de funcionamento”, comentou.

A ideia é que a quantidade de funcionários chegue a 250, já que, mensalmente, a folha de pagamento é de R$ 560 mil. Alguns que estão sendo demitidos possuem outro emprego ou já se aposentaram, segundo o que foi apurado pelo INTERIOR.


FINANCEIRO

Torsiano revelou que a situação financeira do hospital ainda está ‘no vermelho’. Mensalmente, o deficit chega a R$ 300 mil e, anualmente, o valor é de R$ 3 milhões. “Somando todo o passivo, sem acrescentar os juros e as correções monetárias, a Santa Casa de Penápolis tem uma dívida de R$ 53 milhões. Não se pode aumentar isso e é por esta razão que estamos tomando algumas medidas”, ressaltou.

Além das demissões, os contratos com fornecedores também foram revisados. Segundo o superintendente, alguns chegaram a reduzir em 50% o valor que era pago pelo hospital aos prestadores de serviços. “Precisamos recuperar o equilíbrio financeiro. Não é fácil, mas estamos no caminho certo”, observou.

O hospital recebe recursos mensais das esferas federal, estadual e municipal. Da União, são destinados R$ 400 mil do SUS (Sistema Único de Saúde) e, do Estado, R$ 40 mil do programa Pró-Santa Casa. A Prefeitura ainda envia R$ 400 mil.

Outra medida adotada pela OS foi de arrumar o sistema de faturamento, já que, antes, tudo era feito manualmente. “Isso ajudou o fluxo financeiro ficar estável, bem como termos um controle melhor das receitas e despesas”, ponderou Torsiano.

Apesar disso, ele frisou que a missão é de oferecer, sempre, um melhor atendimento médico às pessoas de Penápolis e da microrregião – Alto Alegre, Avanhandava, Barbosa, Braúna, Glicério e Luiziânia – que precisem do hospital. “Almejamos e, para isso estamos trabalhando firme, transformar a Santa Casa em uma unidade de alta complexidade. Temos tudo para, cada vez mais, obtermos o desenvolvimento do hospital e, com isso, dar um atendimento de qualidade”, finalizou.


PRONTO-SOCORRO

Além da Santa Casa, a AHBB assumiu, recentemente, a gestão do pronto-socorro. A mudança na administração da unidade de urgência e emergência foi motivada pela rescisão do contrato de cogestão com a Santa Casa de Birigui.

Com a aprovação da lei 2.419/19, o município foi autorizado a devolver o serviço ao hospital local. O município fica responsável pelo repasse mensal de cerca de R$ 888,3 mil para o custeio dos serviços, além da cessão de servidores municipais.



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