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Para evitar 'sommelier de vacina', Jales e Urupês adotam termo para morador que recusar dose contra a Covid

Região

Prefeitura de Urupês disse que é injustificável a preferência por determinados fabricantes de vacina

Profissional da educação recebendo dose da vacina contra a Covid-19 em Rio Preto

Profissional da educação recebendo dose da vacina contra a Covid-19 em Rio Preto. Foto: Divulgação/Prefeitura de Rio Preto

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As prefeituras de Jales e Urupês (SP) adotaram um “termo de recusa” para evitar o chamado "sommelier de vacina", pessoas que estão deixando de tomar a vacina contra a Covid-19 por ser de determinado laboratório.

Segundo as prefeituras, o documento deverá ser assinado pelos moradores que deixarem de tomar a dose nesses municípios.

Em Urupês, quem se recusar a receber o imunizante nas datas estabelecidas pelo cronograma de vacinação deverá aguardar a disponibilidade de doses remanescentes para ser imunizado posteriormente.

De acordo com a prefeitura, a decisão foi tomada pelo Comitê de Enfrentamento à Covid-19 e ressalta ser injustificável a preferência por determinados fabricantes de vacina, já que todos os imunizantes que estão sendo aplicados foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Conforme atualização divulgada na quarta-feira (30), Urupês contabiliza 1.581 casos confirmados de Covid-19, sendo que 1.465 pacientes se recuperaram e 37 morreram.

Em Jales, a assinatura do termo passa a valer a partir de sexta-feira (2). A prefeitura informou que o objetivo é evitar que as pessoas deixem de se imunizar em função da escolha do fabricante da vacina.

Na quarta-feira, Jales contabilizava 7.078 pacientes que testaram positivo para Covid-19, sendo que 6.496 se recuperaram e 231 morreram.


RIO PRETO

São José do Rio Preto foi o primeiro município do noroeste paulista a implantar o termo. A decisão foi anunciada na segunda-feira (28).

Aldenis Borim, secretário de Saúde da cidade, afirmou que as opções são tomar o imunizante disponível ou assinar o termo de desistência, que vai contar com testemunhas.

“Nós oferecemos a vacina e é difícil você não tomar uma atitude com um indivíduo que teve a chance de se imunizar, ele é um contaminante da população. Além dele não se imunizar, tem o mal que está fazendo para os outros, então temos que tomar providência neste sentido”, explicou o secretário.

Além da desistência, Aldenis afirmou que há pessoas que querem escolher o imunizante nos pontos de vacinação ou até tomam mais de uma vacina. Estes casos serão encaminhados ao Ministério Público.

“Na realidade, por lei ele tem direito à vacina. Com o termo nós vamos discutir juridicamente o que será feito. O mais correto, na minha opinião, é que ele se procurar novamente vai procurar a que estava disponível no dia, não a que escolher. A vacina não é uma livre escolha.”

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pelo município na quarta-feira, Rio Preto tem 86.842 resultados positivos para o coronavírus e 2.468 mortes. (*) Por G1 Rio Preto e Araçatuba



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