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Pela 2ª vez em menos de 20 dias, prefeito de Birigui é cassado após denúncia no uso de placas oficiais no carro da primeira-dama

Região

Comissão entendeu que o prefeito cometeu o crime de adulteração de placas, o que configura a quebra de decoro parlamentar

Câmera dos Vereadores cassa mandato de prefeito de Birigui (SP)

Câmera dos Vereadores cassa mandato de prefeito de Birigui (SP). Foto: Rafael Honorato/TV TEM

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Pela segunda vez em menos de 20 dias, a Câmara de Vereadores cassou o prefeito de Birigui (SP), Leandro Maffeis (Republicanos). Desta vez, em sessão na segunda-feira (22), a Comissão Processante (CP) analisou e aprovou o relatório que investiga o uso de placas oficiais do município no carro pessoal da primeira-dama. Cabe recurso da decisão.

Assim como há 18 dias, data da outra sessão extraordinária que investigava a denúncia de irregularidades na aquisição de combustíveis, Maffeis foi cassado. Dessa vez, por 14 votos a favor contra um.

Em 30 de janeiro do ano passado, a Câmara recebeu a denúncia de que a primeira-dama, esposa de Leandro Maffeis, estaria usando um carro com placas oficiais e que o veículo estava estacionado na frente da Secretaria de Assistência Social, local de trabalho dela.

A Guarda Civil Municipal (GCM) foi acionada e a primeira-dama justificou que o prefeito usou o carro pessoal dela para ir a São Paulo, porque o veículo oficial estava em manutenção. Ainda conforme a mulher, Leandro instalou no outro automóvel as placas oficiais, de número 002, para facilitar acesso às repartições que visitaria na capital.

A primeira-dama disse ainda que, após o marido retornar de São Paulo, ela usou o carro apenas para ir ao trabalho. As placas originais do veículo estavam no porta-malas e os agentes que registraram a ocorrência consideraram que não houve irregularidade, já que o veículo estava estacionado. Eles orientaram que fosse providenciada a instalação das placas originais.

Na CP não ficou comprovada a lesão ao patrimônio público. Contudo, a comissão entendeu que o prefeito cometeu o crime de adulteração de placas, o que configura, segundo os vereadores, a quebra de decoro parlamentar por conduta incompatível com a função.

De acordo com o advogado do prefeito, a cassação ocorreu por questões políticas. Ele disse ainda que recorrerá da decisão.

A única vereadora que votou contra a cassação foi a vereadora Sidnei Maria Rodrigues (PSD). O decreto que oficializa o presidente da Câmara, André Fermino (PP), como novo prefeito vai ser publicado na terça-feira (23).


VOTARAM A FAVOR

Izaías Sarmento - PSDB

Benedito Dafé Gonçalves Filho (Dafé) - PL

Vadão da Farmácia - DC

Cesar Pantarotto Junior (Cesinha) - PL

Cleverson José de Souza(Tody da Unidiesel) - Avante

Everaldo Roque Santelli (Everaldo Santelli) - MDB

Fabiano Amadeu de Carvalho (Pô Birigui) - MDB

José Luis Buchalla (Zé Luis Buchalla) - Patriota

Marcos Antonio Santos (Marcos da Ripada) - União Brasil

Osterlaine Henriques Alves (Dra Osterlaine) - União Brasil

Paulo Sergio de Oliveira (Paulinho do Posto) - Avante

Reginaldo Fernando Pereira (Pastor Reginaldo) - PL

Wagner Dauberto Mastelaro (Wagner Mastelaro) - PT

Wesley Ricardo Coalhato (Cabo Wesley) - União Brasil


'DANÇA DAS CADEIRAS'

No dia 4 de abril, o prefeito de Birigui foi cassado pela Câmara de Vereadores após o relatório da CP que investigou a denúncia de irregularidades na aquisição de combustíveis ser aprovado. Para aprovação do relatório, eram necessários pelo menos 10 votos. 13 vereadores votaram a favor.

Como o vice Carlão Gallindo morreu de Covid-19 em 2021, o presidente da Câmara, José Luís Buchalla (Patriota), deveria assumir. Contudo, ele renunciou ao cargo de presidente alegando motivos pessoais e familiares.

Na sequência, o vice, então, se tornou o presidente do Legislativo e posteriormente a Câmara deve eleger outro nome para ocupar a “cadeira”. Com a renúncia, José Luís Buchalla continua atuando como vereador.

No dia seguinte, em nova sessão extraordinária, a Câmara elegeu André Fermino (PP) como novo presidente e, por consequência, prefeito de Birigui. No mesmo dia, Leandro conseguiu uma liminar na Justiça determinando a suspensão do decreto de cassação.



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