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Penapolense é o novo técnico da seleção brasileira de rugby em cadeira de rodas

Esportes

Rafael Gouveia assumiu o comando e tem por objetivo preparar a equipe para as Paralimpíadas

Ele foi selecionado após se inscrever em edital e concorrer com outros profissionais

Ele foi selecionado após se inscrever em edital e concorrer com outros profissionais. Foto: Divulgação

JOVEM PAN PENÁPOLIS

O professor de educação física Rafael Gouveia, de 33 anos, é o novo técnico da seleção brasileira masculina de rugby em cadeira de rodas. O anúncio foi feito no mês de março. Ele, que é de Penápolis, leva para a equipe sua experiência de ter sido treinador em outras ocasiões.

Em 2011, sob seu comando, a seleção ganhou medalha de bronze no Campeonato das Américas. Também comandou a equipe em 2013 e 2016, após um intervalo de três anos, participando da edição do Rio de Janeiro das Paralimpíadas, conquistando a 8ª posição.

O profissional, que é docente na Funepe (Fundação Educacional de Penápolis), iniciou a trajetória na função de assistente técnico do time de rugby em cadeira de rodas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), onde cursou sua primeira graduação em educação física. Ele também atua como técnico do time MinasQuad de Belo Horizonte (MG) e realiza consultoria em alguns times de atletas cadeirantes do País.


PARIS

Gouveia conta que foi selecionado para o cargo após se inscrever em edital e ter concorrido com profissionais do Brasil e de outros países. Ele se cadastrou e passou por algumas etapas, como análise de currículo, entrevista e apresentação de um projeto para o time para os próximos quatro anos.

Por conta da pandemia, o técnico conta que não está sendo possível fazer treinos presenciais, por isso, o momento é de planejamento, visando as Paralimpíadas de Paris, em 2024. A ideia é que a comissão técnica aproveite esse momento para analisar os jogos do último ciclo, estudar quais atletas funcionam melhores juntos, entre outros.

O trabalho de Gouveia é voltado para atuar no esporte com atletas paraplégicos e tetraplégicos, focado no desenvolvimento de estudos e treinos de alta performance para cadeirantes a fim de possibilitar novas perspectivas e resultados, além de garantir um lugar de destaque no cenário do esporte brasileiro.

O professor conta que, juntamente com a equipe docente do curso de educação física, visa possibilitar projetos de extensão com atividades físicas exclusivas para deficientes físicos utilizando a estrutura do campus da faculdade para que cadeirantes sejam incluídos em práticas de lazer e esporte em Penápolis.

Ele também destaca que, na região de Araçatuba, há poucas iniciativas no atletismo paralímpico, mesmo já tendo ocorrido alguns torneios de rugby em cadeira de rodas. Para ele, é importante fazer essa reflexão sobre as poucas iniciativas de lazer e esporte na região direcionadas às pessoas com deficiência.


ESPORTE

O rugby (nome em inglês) em cadeira de rodas é um jogo em que uma bola oval é conduzida pelas mãos dos jogadores até a marcação de dois cones na linha de fundo da quadra. Explicando de maneira sintética, o objetivo principal da disputa é fazer um “try’’, como se fosse o gol em um lance de futebol tradicional, sendo este o lance que vale mais pontos no jogo.

O esporte que nasceu na Inglaterra no século 19, passou por adaptação para cadeirantes no final da década de 70 no Canadá e atualmente é uma modalidade paraolímpica. A prática exige dos seus jogadores intensidade, resistência, habilidade e estratégia.

São essas características que o técnico Rafael busca reunir em sua equipe. A Seleção Brasileira de Rugby em cadeira de rodas hoje está entre as 9 melhores do mundo e é a 4º melhor entre as américas, conquistando o bronze na Colômbia em 2011 e o bronze nos Estados Unidos em 2013. (*) Com informações do Hojemais Araçatuba



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