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Penapolense Homero Rodrigues morre por Covid-19 em Recife

Saúde

Ele atuava na linha de frente ao combate à Covid-19, em Pernambuco, onde morava atualmente

Ortopedista Homero Rodrigues nasceu em Penápolis e exercia função em Recife

Ortopedista Homero Rodrigues nasceu em Penápolis e exercia função em Recife. Foto: Reprodução/Facebook

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O ortopedista Homero Rodrigues, de 49 anos, nascido em Penápolis e formado em medicina pela Famema (Faculdade de Medicina de Marília) em 1995, morreu no domingo (17), vítima do coronavírus. Ele atuava na linha de frente ao combate à Covid-19, no Estado do Pernambuco, onde morava atualmente.

Era médico do Hospital Dom Helder Câmara de Recife (PE) desde 2010, um dos principais centros médicos do Nordeste, e fazia atendimentos em cidades e comunidades próximas a capital, como Porto de Galinhas. Ele, que fazia parte do Instituto do Bem, entidade de assistência social no Nordeste, deixa a esposa Cristiane e dois filhos.

A morte precoce do médico foi divulgada em uma mensagem da esposa que une a tristeza pelo momento, gratidão e carinho. Provocou dezenas de reações nas redes sociais em diferentes cidades por onde Homero Rodrigues passou, incluindo Marília.

Após seu falecimento, várias mensagens e homenagens foram divulgadas por amigos, familiares e instituições ligadas às áreas de saúde, como conselhos e sindicatos de profissionais da Medicina. Em Penápolis, no Grupo ‘Amigos Penapolenses’ no Facebbok, do qual ele fazia parte, foram muitas as publicações de amigos, direcionadas à família, com mensagens de conforto nesse momento tão difícil.

A Famema, uma das Faculdades de Medicina Públicas do estado de São Paulo, localizada em Marília, foi uma delas, instituição que Homero ingressou em 1989. Depois de formado, fez sua especialização em Ortopedia no Hospital do Servidor em São Paulo. Desde 2010 era médico no Dom Helder.


INSTITUTO DO BEM

“Queira o bem, plante o bem, o resto vem” esta era a premissa do Instituto do Bem, organização que o médico Homero Rodrigues fazia parte. Trata-se de um grupo de profissionais liberais que trabalha na missão de resgate da dignidade de pessoas em condição de rua, gestantes vulneráveis e crianças carentes.

O grupo lamentou a morte de um de seus integrantes, o médico Homero Rodrigues, que atuava em Pernambuco desde 2003, onde passou pelo Hospital Dom Helder Câmara, Hospital Memorial São José entre outros serviços. O Simepe (Sindicato dos Médicos de Pernambuco) também prestou condolências e desejou forças para toda a família e amigos do médico Homero Rodrigues.


SOLDADO DA SAÚDE

Após o anúncio do falecimento do médico a esposa Cristiane Marcela expressou os seus sentimentos. A mensagem tomou conta das redes sociais e foi compartilhada entre amigos, familiares e pessoas que ficaram sensibilizadas com o momento vivido por ela e filhos.

Segundo ela, Homero partiu generosamente numa madrugada chuvosa de sábado para o domingo. Levou no coração uma legião de amigos e admiradores, desde a pessoa em situação de rua, pacientes, até os familiares e amigos de fé, que condoídos, sentem a dor da tua falta física.

“Homero você foi um soldado da saúde, abatido em batalha, na linha de frente ao Covid-19. Quantos mais serão ceifados no auge da sua capacidade laborativa. Homero, você nunca foi para amadores, sempre intenso, sempre se doando. O coração condizia com seu tamanho, o gigante do bem, como carinhosamente era reconhecido nas comunidades que assistia, levando pão material e dignidade no olhar. Embora devastada pela dor de não poder te abraçar fisicamente, entendo e agradeço cada minuto, fácil ou não, que passei ao teu lado. Seus filhos que o tem como um parceiro e amigo, vão sofrer tua distância, mas nunca tua ausência. Já foram criados cientes da imortalidade da alma. Peço perdão e perdoo tudo que não foi dito, mas foi sentido. De onde estiver, vibre por nós, e nós, destarte, estaremos sempre em conexão. Segue em paz, se guiando pela luz, sempre. Gratidão eterna a equipe do RHP na pessoa de Dr. João Queiroga e da Dra. Lucyana Melo, que além de ótimos médicos foram exemplos de humanidade e empatia na medicina. Entrego a ti, Pai celestial, os despojos mortais do meu amado marido, companheiro de jornada terrena, amigo, conselheiro, pai dos meus filhos. Até breve!”, diz a mensagem.



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