Penapolenses já pagaram mais de R$ 19 milhões de impostos no primeiro semestre
Economia
Valor é inferior, comparado com 2020, quando foram pagos mais de R$ 24,5 mi
Ivan Ambrósio 24/07/2021De janeiro a junho, os penapolenses pagaram R$ 19 milhões somente em impostos. O levantamento foi feito pelo Impostômetro, ferramenta da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) que mede o quanto de tributos, taxas e cobranças federais, estaduais e municipais pesam no bolso da população. Conforme o balanço, no primeiro semestre deste ano, os moradores da cidade desembolsaram R$ 19.049.638,64.
Com essa quantia, era possível adquirir veículos zero quilômetros, comprar cestas básicas, apartamentos, além de construir moradias, hospitais, recapear as vias, entre outras melhorias. Em comparação com o mesmo período do ano passado, a arrecadação ficou em queda de 22%, quando foram registrados R$ 24.543.347,30.
A pesquisa permite ainda mostrar que a expectativa para 2021 é que a população penapolense desembolse mais de R$ 38 milhões. Em 2020, foram pagos mais de R$ 49 milhões. No mesmo período de 2019, a arrecadação ficou em R$ 36.388.888,82. Até às 16h de ontem (23), somente no Estado de São Paulo, foram desembolsados mais de R$ 513 bilhões em tributos.
NACIONAL
Em todo o território nacional, já foram arrecadados mais de R$ 1,4 trilhão em tributos desde o primeiro dia do ano pelos governos estaduais, municipais e federal. Entraram na contabilidade impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e a correção monetária. O índice já aponta que os contribuintes devem pagar mais dinheiro para os cofres públicos neste ano do que pagaram em 2020 e, até mesmo, em 2019, época sem pandemia.
Foram determinantes para o alcance o aumento da inflação no período, comparada com as elevações de preços de produtos registradas anteriormente, a desvalorização do real frente ao dólar e o crescimento da economia em alguns setores como os relacionados ao aumento das importações, à indústria, à saúde, aos grandes varejistas e ao comércio considerado não essencial. Houve também a elevação de compras online e pedidos delivery neste ano.
De 2016 a 2019, segundo dados do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), os brasileiros tiveram de trabalhar 153 dias para pagar impostos. No ano passado, foram 151, ou seja, apenas dois dias a menos. O Impostômetro calcula automaticamente os dados utilizados pela Receita Federal, Secretaria do Tesouro Nacional, Caixa Econômica Federal, Tribunal de Contas da União e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
As receitas dos Estados e do Distrito Federal são apuradas com base nos dados do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), das secretarias Estaduais de Fazenda, Tribunais de Contas dos Estados e do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda. As arrecadações municipais são obtidas por meio dos dados da Secretaria do Tesouro Nacional, dos municípios, que divulgam seus números em atenção à Lei de Responsabilidade Fiscal, dos Tribunais de Contas dos Estados.
Somados, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), ISS (Imposto sobre Serviços), o PIS/Cofins (Programa de Integração Social/Contribuição para Financiamento da Seguridade Social), IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o II (Imposto de Importação) representam a maior fatia de arrecadação para os cofres públicos.
Vale destacar também como representativo para os cofres públicos o montante pago pela população e pelas empresas em IR (Imposto de Renda). Os impostos pagos no Estado de São Paulo para o poder público representam em torno de 38% do total de tudo aquilo que é arrecadado no Brasil. Por este motivo, vale destacar também que o aumento da alíquota do ICMS de vários produtos em vigor desde o início do ano acabou impactando neste montante.
Comentários
Atenção: Os comentários feitos pelos leitores não representam a opinião do jornal ou do autor do artigo.