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Penápolis está entre as 40 menores cidades com melhores condições de vida para idosos

Cidade

Município ficou em 38º no ranking nacional do Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade

Pesquisa apontou que o desempenho mais expressivo foi na variável de finanças, obtendo 82 pontos

Pesquisa apontou que o desempenho mais expressivo foi na variável de finanças, obtendo 82 pontos. Foto: Arquivo/JI

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Qual seria o lugar perfeito para passar seus dias depois dos 60? Símbolo de tranquilidade e qualidade de vida para alguns, as pequenas cidades se consagraram no imaginário popular como o ambiente mais propício para se aproveitar a terceira idade.

Com o aumento da expectativa de vida da população, a tendência é que locais com essas características entrem no radar dos brasileiros que estão em busca de uma vida mais plena durante a velhice.

A 2ª edição do IDL (Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade), feito pelo Instituto de Longevidade Mongeral Aegon, que contou com metodologia da FGV (Fundação Getúlio Vargas), mostrou os municípios mais bem preparados para o envelhecimento da população.


RANKING

Penápolis ficou em 38º lugar no ranking nacional entre as cidades menores que possuem melhores condições de vida para idosos. O levantamento analisou 876 municípios analisados, nos quais vivem 160 milhões de brasileiros.

A primeira pesquisa, lançada em 2017, observou 498 cidades. O objetivo do estudo é apontar, de forma clara e objetiva, os pontos positivos e negativos destes municípios para que gestores, governantes e representantes da sociedade civil possam pensar em ações efetivas que promovam o aumento da longevidade com qualidade de vida nestas localidades.

Os pesquisadores separaram as cidades em duas categorias, de acordo com a população: as grandes (com mais de 100 mil habitantes) e pequenas (com menos de 100 mil), analisando-as por meio de 50 indicadores. Estes foram divididos em sete variáveis: cuidados de saúde; bem-estar; finanças; habitação; cultura e engajamento; educação e trabalho e indicadores gerais.

Cada uma delas totalizou uma nota. O clima também foi levado em conta para a finalização do ranking, que tirou pontos dos municípios conforme a frequência com que eles apresentam dias com altas temperaturas, chuvas intensas ou baixa umidade.

Essas cidades também foram avaliadas segundo classificações específicas – com diferentes pesos para cada variável – com foco na parcela com idade entre 60 e 75 anos e para população acima dessa faixa.


POSIÇÃO

Penápolis, em 2017, ocupou a 58ª posição. Já nesta edição, conseguiu entrar no roll das 40 pequenas cidades melhores para se envelhecer, obtendo 82 pontos.

No levantamento, o instituto citou que o município é reconhecido como polo cultural da região Noroeste de São Paulo, abrigando quatro museus, entre eles o primeiro de Arte Naif da América Latina, cujo acervo já foi exposto em alguns países europeus.

Ainda destacou-se que, com 63 mil habitantes e economia baseada na cana-de-açúcar e na pecuária, Penápolis atrai turistas para as praias às margens do rio Tietê e também para o Santuário São Francisco de Assis, estando entre as 100 cidades mais desenvolvidas do Brasil, conforme o Índice Firjan.

A pesquisa apontou que o desempenho mais expressivo foi na variável de finanças, obtendo 82 pontos, tendo em vista ter uma das 65 maiores parcelas de despesas direcionadas a investimentos no município. “A cidade se destaca ainda por ser uma das 40 avaliadas com maior oferta de condomínios residenciais dedicados à população de idosos (habitação) e por ser uma das 100 de menor ocorrência de homicídios por arma de fogo (indicadores gerais)”, apontou.


MELHORIAS

No entanto, o instituto elencou alguns pontos que precisam ser melhorados. Segundo eles, Penápolis merece atenção no indicador da parcela de docentes atuantes no EJA (Educação de Jovens e Adultos) com ensino superior completo, mesmo tendo o Firjan classificado a cidade entre as 15 de melhor desempenho em termos de desenvolvimento, particularmente em educação.

Já na variável cuidados de saúde, a quantidade de médicos na cidade não é uma das 250 maiores e a quantidade de profissionais de fisioterapia não é uma das 200 maiores. “Por fim, a ocorrência de acidentes de trânsito envolvendo mortes (indicadores gerais) não é uma das 200 menores entre as cidades pequenas”, ressaltou.

Os resultados mostraram que mais da metade das cidades analisadas não estão adequadas para a longevidade de suas populações. Para o instituto, o dado é preocupante, visto que a população brasileira passa por um processo de envelhecimento acelerado.

“O papel do IDL é muito além de ser um ranking”, explicou Henrique Noya, diretor-executivo. “Ele é uma ferramenta prática que contribui diretamente para que os gestores públicos desenvolvam políticas que melhorem a qualidade de vida nas cidades e para que os empresários identifiquem oportunidades de ofertas de produtos e serviços que atendam a essa mesma demanda”, acrescentou.

Ele ainda frisou que o levantamento é um importante aliado para que a sociedade conheça de forma objetiva a realidade de seus municípios e, com isso, possa escolher melhor os seus próximos representantes, principalmente em um ano de eleição.


Confira o ranking com os municípios que tiveram destaque:


-- Melhores cidades grandes para envelhecer de SP (acima de 100 mil habitantes)


1º São Caetano do Sul

2º Santos

3º Porto Alegre (RS)

4º São Paulo

5º Florianópolis (SC)

6º Niterói (RJ)

7º Rio de Janeiro (RJ)

8º Atibaia

9º Catanduva

10º Americana

14º São José do Rio Preto

18º Bauru

23º Marília

24º Presidente Prudente

31º Birigui

43º Araçatuba


-- Melhores cidades pequenas (entre 50 e 100 mil habitantes)


1º Adamantina

2º Vinhedo

3º Lins

4º São João da Boa Vista

5º Itapira

6º Tupã

7º Fernandópolis

8º Votuporanga

9º Dracena

10º Estelo (RS)

17º Andradina

34º Mirassol

38º Penápolis

41º Olímpia

53º José Bonifácio

203º Presidente Epitácio


Fonte: Instituto de Longevidade Mongeral Aegon



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