FERREIRA ENGENHARIA BANNER ROTATIVO 1 HORIZONTAL TOPO

Penápolis fecha 2020 com saldo negativo em demissões, segundo Caged

Economia

Levantamento mostrou que houve, de janeiro a dezembro, 5.271 admissões e 5.275 desligamentos

Variação mês a mês do saldo de empregos em Penápolis, segundo dados do Caged

Variação mês a mês do saldo de empregos em Penápolis, segundo dados do Caged. Foto: Reprodução

FERREIRA ENGENHARIA RODAÉ 3 HORIZONTAL MEIO DA NOTÍCIA

Penápolis fechou com mais demissões do que admissões durante os 12 meses de 2020, segundo dados disponibilizados ontem (28) pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. De acordo com o balanço, de janeiro a dezembro, o município teve 5.271 admissões, enquanto os desligamentos somaram 5.275, restando o saldo negativo de quatro demissões, ou seja, uma variação de -0,03%.

Este foi o 4º ano consecutivo que Penápolis fica “no vermelho” no Caged. Em 2019, fechou com 230 desligamentos; em 2018, o município teve 48 demissões e, em 2017, foram -228. A última vez que Penápolis conseguiu terminar com saldo positivo em contratações foi em 2016, com 238. Dezembro também fechou negativamente para a cidade. O mês, conforme detalhou o órgão, teve 291 admissões, ante 422 demissões, obtendo o saldo de -131 e uma variação de -0,90%.


SETORES

Os setores que contribuíram para as demissões o ano passado foram a indústria, com -121, seguido pelo serviços (-105) e construção (-16), puxando a empregabilidade local para um resultado deficitário. Por outro lado, a cidade também fechou no ‘azul’ em algumas duas ocupações: o comércio, com 84 novas vagas de janeiro a dezembro e a agropecuária, com 154.

Para o economista, pesquisador e professor da FAC-FEA (Faculdade da Fundação Educacional de Araçatuba), Marco Aurélio Barbosa de Souza, o resultado negativo é reflexo da crise econômica enfrentada pelo país em 2020, que provocou o fechamento de várias empresas e redução do quadro de trabalhadores das que permaneceram em atividade.

“O estoque de empregos formais chegou ao final do ano em 14.420 trabalhadores, tendo o setor de serviços uma maior representatividade, com 5.444 empregados (37,8% do total), seguido pela indústria, com 4.060 (28,15%) e, no terceiro lugar, o comércio, com 3.737 (25,9%)”, destacou.


NACIONAL

Na contramão do que apresentou a cidade, o resultado de -67.906 vagas no saldo de empregos em dezembro é mais um indício da recuperação acima das expectativas da economia brasileira. Isso porque o saldo do mês, devido à sazonalidade, é tradicionalmente negativo, muito superior, por exemplo, ao encontrado no mês de dezembro em outros anos.

Em dezembro de 2019, foram fechadas 307.311 vagas. Trata-se da melhor pontuação desde 1995. Para 2020, foram gerados 142.690 empregos. O resultado positivo se deu apesar do lockdown de estados e municípios. A partir de julho, ocorreu retomada acentuada e recordes seguidos de geração de emprego formal, sendo o mês de novembro o melhor saldo informado pelas empresas para um único mês.

Em dezembro, o Brasil teve 1.239.280 admissões e 1.307.186 desligamentos. Nos 12 meses, foram 15.166.221 admissões e de 15.023.531 desligamentos (com ajustes até dezembro). O estoque de empregos formais no país chegou a 38.952.313 vínculos. No acumulado do ano, apenas o setor de serviços teve saldo negativo, com -132.584. A construção (+112.174) e a indústria (+95.588) lideram o ranking. Já em dezembro, o comércio foi a única atividade com saldo positivo (+62.599).

Das cinco regiões do país, quatro tiveram saldo positivo no acumulado do ano. Apenas o Sudeste perdeu vagas (-88.785), puxado pelo Rio de Janeiro que, sozinho, fechou 127.155, enquanto Minas Gerais criou 32.717. No Norte, o destaque é para o Pará, com 32.789, mais da metade dos 62.265 empregos formais gerados na região.

No Nordeste, o Maranhão, com 19.753, e o Ceará, com 18.546, puxaram o saldo positivo de 34.689. No Sul, que teve 85.500 vínculos a mais, Paraná e Santa Catarina geraram 52.670 e 53.050, respectivamente. Já o Centro-Oeste teve Goiás como o principal criador de vagas, com 26.258 das 51.048 da região.



FERREIRA ENGENHARIA BANNER ROTATIVO 1 HORIZONTAL TOPO

Comentários

Atenção: Os comentários feitos pelos leitores não representam a opinião do jornal ou do autor do artigo.