Penápolis fecha agosto com saldo positivo de 71 empregos, aponta Caged

Economia

Crescimento foi de 174% em relação a julho, segundo os números

Ivan Ambrósio 02/10/2020

Em um contexto em que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou recentemente pesquisa apontando que o país alcançou uma das maiores taxas de desemprego da história, com mais de 13 milhões de pessoas sem trabalho, Penápolis vai na contramão e mostra a força de sua economia, fechando agosto com saldo positivo.

Os dados foram disponibilizados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Conforme os números, o município teve 382 contratações e 311 demissões no período, tendo um saldo positivo de 71.

O economista e pesquisador Marco Aurélio Barbosa de Souza, professor da FAC-FEA (Faculdade da Fundação Educacional Araçatuba), analisou que o aumento foi de 175,53% em relação ao período de julho, que teve resultado negativo.

Outro aspecto importante foi o resultado do mercado de trabalho por setores produtivos, com todos os apresentando saldo positivo, com exceção apenas o de construção. “O grande destaque foi para o comércio, que gerou 41 empregos, resultado que evidencia a recuperação desse importante setor da economia que foi um dos mais impactos pela crise provocada pela pandemia da Covid-19, o novo coronavírus”, disse.

Em segundo vem a agropecuária, com saldo de 14; depois vem a indústria (12) e o setor de serviços (10). Do total de 382 admissões, 259 são homens e 123 mulheres. As duas faixas de idade que mais contrataram foram de 18 a 24 anos - com 108 - e de 30 a 39 (105). A maior parte destes trabalhadores – 247 - tem o ensino médio.


ACUMULADO

Souza ainda acrescentou que, no acumulado do ano, a cidade está com saldo positivo de 198 empregos, tendo 3.590 contratações e 3.392 demissões.

“É um resultado muito expressivo, comparado ao país que, em 2020, acumula resultado negativo de 849.387, tendo em vista o impacto de uma das maiores crises econômicas da história, que fará com que o PIB (Produto Interno Bruto) apresente uma queda de aproximadamente 5% este ano, conforme relatório de mercado do Banco Central”, enfatizou.

O economista acredita que são boas as perspectivas para os próximos meses e para o fechamento do ano na cidade, em decorrência da gradativa retomada do crescimento da economia, que poderá somar ao impulso na geração de empregos, adentrando em um ciclo mais sustentado de crescimento.

A administração avaliou o dado como algo extremamente positivo, especialmente durante esse período de pandemia. O secretário interino de Desenvolvimento e Trabalho do município, Daniel Rodrigueiro, disse que a sociedade acompanha um difícil cenário econômico e esses dados chegam como uma boa notícia em meio à crise.

“Vivemos um momento crítico. Sabemos que empresas estão sendo fechadas e muitas pessoas já perderam seus empregos. Mesmo com toda essa adversidade, Penápolis obteve números positivos. É algo expressivo”, avaliou.


NACIONAL

Os dados de agosto do Caged mostram que o mercado formal criou 249.388 novos postos de trabalho, resultado de 1.239.478 admissões e 990.090 desligamentos. O estoque de empregos formais no país chegou a 37.960.236.

Todos os setores tiveram saldo positivo, gerando empregos, com a Indústria da Transformação em destaque, responsável pela criação de 90.227 novas vagas. Os dados mostram que esse setor foi responsável pela criação de 45.412 postos. Apesar do acumulado do ano ainda negativo, em - 849.387, espera-se uma melhora até dezembro.