Penápolis soma 5,3 mil acordos de suspensão ou redução de jornada de trabalho
Economia
Medidas foram celebradas entre abril e 10 de julho; aderiram ao programa 496 empresas da cidade
Ivan Ambrósio 22/07/2020Penápolis somou 5.324 acordos de suspensão ou redução de jornada de trabalho. Os números inéditos foram obtidos junto ao Observatório de Economia Regional da FAC-FEA (Faculdade da Fundação Educacional Araçatuba). O órgão contabilizou as informações recebidas do Ministério da Economia.
A medida está prevista no Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda, criado pela MP (Medida Provisória) 936, convertida na lei 14.020, de 6 de julho. Ela oferece possibilidades, no âmbito do trabalho, para o enfrentamento do estado de calamidade pública e da emergência de saúde decorrente da pandemia da Covid-19, o novo coronavírus.
Segundo o coordenador do grupo de pesquisa da instituição de ensino superior, o professor universitário e economista Marco Aurélio Barbosa, os acordos trabalhistas foram celebrados entre abril e 10 de julho. Ao todo, aderiram ao programa 496 empresas da cidade.
“Essa política econômica, implementada pelo governo federal, foi importante para a preservação dos empregos na cidade em um momento de grande dificuldade provocada pela crise que impactou a demanda e oferta, gerando forte desaceleração das atividades produtivas”, explicou.
Do volume total, 1.094 foram relacionados à suspensão de jornada de trabalho. A redução de 25% totalizou 651, enquanto a de 50% e a de 70% chegaram a 1.247 e 2.325, respectivamente. A indústria foi o setor produtivo que mais se beneficiou do programa, com 3.039 acordos, seguido do comércio e serviços, tendo 1.115 cada. Os demais, como a agropecuária e a construção civil, que têm conseguido gerar empregos formais, realizaram apenas 24 e 34.
Ainda de acordo com os números, com relação à idade, o grupo de 30 a 39 aparece na liderança do ranking, com 1.609, seguido de 18 a 24 (1.076) e 40 a 49 (1.066). Com relação ao sexo, o impacto foi maior entre as mulheres, que representaram 3.083 acordos ou redução da jornada de trabalho (57,97%).
Os homens foram 2.235 (42,03%). “Os trabalhadores que tiveram a redução na jornada e no salário recebem do governo um benefício proporcional a parte do seguro-desemprego a que teriam direito no caso de demissão. Por outro lado, os que o contrato foi suspenso recebem o valor mensal do seguro-desemprego”, analisou o economista.
REGIÃO
A região somou 43.227 acordos de suspensão ou redução de jornada de trabalho. Ao todo, aderiram ao programa 5.511 empresas. Do volume total, 17.383 foram relacionados à suspensão de jornada de trabalho. A redução de 25% totalizou 3.794, enquanto a de 50%, 9.606 e a de 70% chegou a 12.128.
A área industrial foi responsável por 17.591 acordos (40,7% do total). Já o setor de serviços, 13.576 (31,4%) e o comércio 11.417 (26,4%). Os demais, como a agropecuária e a construção civil, realizaram apenas 643. Nas três primeiras colocações, aparecem os grupos que vão dos 30 aos 39 anos, com 12,5 mil acordos; 40 aos 49 anos, 9.692; e entre 18 e 24, com 7.373.
Já em relação ao sexo, o impacto foi maior entre as mulheres, que representaram 56,86% do total (24.543). Dentre os homens, foram 18.623 acordos, ou seja, 43,14%. O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e Renda é pago quando ocorre acordo entre trabalhadores e empregadores nas situações de: redução proporcional de jornada e de salário e suspensão temporária do contrato.
A medida, juntamente com o auxílio emergencial, que repassa mensalmente valores de R$ 600 a R$ 1,2 mil para informais, MEIs e outras categorias vulneráveis, foi uma estratégia acertada do governo, que impediu uma queda mais expressiva do PIB (Produto Interno Bruto), na avaliação do economista. “Do ponto de vista macroeconômico, foram realizados no Brasil 12.862.275 acordos com participação de 1.383.093 empresas”, finalizou.
Comentários
Atenção: Os comentários feitos pelos leitores não representam a opinião do jornal ou do autor do artigo.