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Penápolis teve 315 acidentes de trabalho de janeiro a dezembro do ano passado

Cidade

Quantidade aumentou em comparação com o mesmo período de 2020

Nos últimos 10 anos, morreram 22.954 pessoas em decorrência de acidentes de trabalho no Brasil

Nos últimos 10 anos, morreram 22.954 pessoas em decorrência de acidentes de trabalho no Brasil. Foto: Divulgação

COLÉGIO FUTURO - Horizontal meio da noticia

O número de acidentes de trabalho aumentou em 2021, em comparação com o mesmo período de 2020, segundo dados disponibilizados pelo Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho do MPT (Ministério Público do Trabalho).

De acordo com os dados, de janeiro a dezembro do ano passado, o município computou 315 casos, ante 212, uma elevação de 48%. Desde 2002, quando se iniciou o levantamento, em dois períodos foram registrados as maiores quantidades: em 2015, com 527, e 2021, com 505.

Desde 2017, a cidade não registra óbito decorrente de acidente de trabalho. A última vez foi em 2016, quando houve um caso. Já o número de benefícios acidentários concedidos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) disparou 110,3% o ano passado, segundo o levantamento, saltando de 29 para 61.

As aposentadorias por invalidez acidentária permaneceram com a mesma quantidade de 2020 e 2021, com uma concessão cada. Outro dado que também teve aumento foi a auxílio-acidente por acidente do trabalho, subindo de um para nove.


REGIÃO

Na região, Araçatuba registrou cinco óbitos decorrentes de acidentes de trabalho em 2021, três a mais do que em 2020, quando foram duas mortes comunicadas. As atividades de atendimento hospitalar foram as que mais registraram a emissão de CATs (Comunicações de Acidentes de Trabalho) o ano passado.

Ela está no topo do ranking dos setores que mais adoecem e acidentam nas cidades de Araçatuba (15%), Campinas (9%), Presidente Prudente (18%), Ribeirão Preto (22%), São José do Rio Preto (25%), São José dos Campos (10%) e Sorocaba (8%).

Conforme o levantamento do órgão, nas principais cidades do interior de São Paulo houve crescimento no número de emissões de comunicações, entre 2020 e 2021, enquanto em Araçatuba houve queda de 3,8%. Foram 1.315 registros em 2021 contra 1.368 em 2020.

Em Campinas, o crescimento observado foi de 17,7%, totalizando 4.539 acidentes registrados em 2021; em Sorocaba o aumento foi de 33,3%: a cidade de Ribeirão Preto mostrou alta de 31,3%; Araraquara (13,6%); Bauru (16,6%); Presidente Prudente (25,2%); e São José dos Campos (17%).


SEGMENTOS

Considerado o conjunto de ocupações e a totalidade de comunicações de acidentes de trabalho, os profissionais do setor de atendimento hospitalar continuam a ter a maior quantidade de notificações em números absolutos e percentuais no biênio 2020-2021.

Com a pandemia, técnicos de enfermagem não apenas sofreram a maior quantidade de acidentes notificados em relação a outras ocupações, mas passaram de 6% total no biênio 2018-2019 (59.094 CATs) para 9% do total (72.326) no biênio 2020-2021, aumento de 22%.

Os segmentos de supermercados e hipermercados, administração pública em geral e de restaurantes e estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas figuram entre os que registram maiores ocorrências de acidentes e doenças ocupacionais entre os municípios do interior paulista.

O número de benefícios acidentários concedidos pelo INSS disparou em 2021 no País, segundo o levantamento, saltando de 72.367 em 2020 para 153.333 em 2021, crescimento de 212%. Destacam-se, mais uma vez, os afastamentos previdenciários acidentários por lesões graves, como fraturas, amputações, ferimentos, traumatismos e luxações - de 40.117 em 2020 para 93.820 em 2021, um aumento de 234%.

O adoecimento no trabalho, afastamentos causados por doenças osteomusculares e do tecido conjuntivo, inclusive LER-DORT, sofreu um aumento de 192% (de 16.211 para 31.167 casos). Já o total de auxílios-doença concedidos por depressão, ansiedade, estresse e outros transtornos mentais e comportamentais (acidentários e não-acidentários) se mantiveram em níveis elevados, na média de concessões dos últimos cinco anos anteriores à pandemia da Covid-19, com cerca de 200 mil concessões.


SISTEMA

O Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho, desenvolvido e mantido pelo MPT, em cooperação com a OIT, aponta que, nos últimos dez anos, morreram 22.954 pessoas em decorrência de acidentes de trabalho no Brasil. No mesmo período foram perdidos, de forma acumulada, cerca de 469 milhões de dias de trabalho.

Calculado com a soma de todo o tempo individual em que os afastados não puderam trabalhar, o número é uma das formas de medir, por aproximação, os prejuízos de produtividade para a economia. O observatório combina repositórios públicos e tecnologia livre para transformar dados em informações e conhecimento sobre o tema.

O objetivo fundamental da ferramenta é o de melhor informar e subsidiar políticas públicas de prevenção de acidentes e doenças no trabalho, de modo que todas as ações, programas e iniciativas passem a ser orientadas por evidências não apenas em nível nacional e regional, mas principalmente em cada um dos 5.570 municípios brasileiros.



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