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Polícia Civil conclui inquérito sobre assassinato de casal e faz novas revelações

Polícia

Crime ocorreu na madrugada do último dia 14 em Araçatuba

Delegado responsável pelas investigações concedeu entrevista coletiva

Delegado responsável pelas investigações concedeu entrevista coletiva. Foto: Regional Press/Colaboração

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Na última segunda-feira (23), a Deic (Divisão Especializada em Investigações Criminais) de Araçatuba encerrou as investigações relacionadas ao flagrante do dia 14, onde um casal foi morto a pauladas, em um crime encomendado pelo filho de uma das vítimas.

Durante as investigações, descobriu-se que, desde fevereiro do ano passado, Daniel Cantarani, de 36 anos, tentava ceifar a vida da mãe e do padrasto. Ele já havia encomendado o duplo homicídio por duas vezes em menos de um ano.

O delegado José Abonízio reuniu a imprensa nesta terça (24), em entrevista coletiva, para falar sobre o fim do inquérito e revelou fatos impressionantes sobre o caso, como duas tentativas anteriores de encomendar a morte da mãe e do padrasto.

Ao analisar o telefone celular do acusado, a polícia descobriu que a primeira tentativa de matar o casal foi por meio de trabalhos espirituais, encomendado a uma pessoa com que ele se envolveu.

Em um dos rituais, ele teria ficado nú em um cemitério da cidade. Sem obter o resultado esperado, Cantarani então contratou dois homens, um de Birigui e outro de Guararapes, para matar a mãe o padrasto.

O valor acertado foi de R$ 40 mil e ele pagou, via PIX, um adiantamento de R$ 15 mil. No entanto, os contratados teriam desistido de cometer o crime e ficaram com o dinheiro recebido. A equipe de investigação identificou e localizou os homens.

Em depoimento, eles confessaram que receberam o dinheiro para executar o casal, mas não cumpriram o combinado e, depois, ainda foram cobrados para a realização do serviço.


NOVA TENTATIVA

Já na terceira tentativa, o acusado convenceu o ex-namorado e atual amigo, Renato Balbino Souza, de 37, e Helenice Nascimento Alves, 40, de cometer o crime, com a promessa de recompensar os dois com pagamento que poderia variar de R$ 200 mil a R$ 400 mil.

O rapaz cometeu os crimes e a mulher é apontada como mentora intelectual, tendo fornecido medicamentos para dopar o casal. Cantarani ainda pediu que os cadáveres fossem queimados após o assassinato.

Souza chegou a comprar gasolina, cujo galão foi encontrado em frente à residência onde o casal foi assassinado. Agora, a Polícia Civil tenta descobrir se havia algum seguro ou qual seria a origem do dinheiro prometido pelo filho aos comparsas. O padrasto tinha uma apólice que estava inativa, mas o valor era de R$ 36 mil.


ASSASSINATO

Magali Cantarani Poletti, de 62 anos, foi encontrada morta caída na garagem de sua casa, na rua José Xavier Couto, no Jardim TV, na madrugada do dia 14. O corpo do marido dela, Lourival Aparecido Poletti, de 62, estava no porta-malas do carro da família. Eles foram mortos a pauladas e tiveram múltiplas fraturas no crânio.

O crime, cometido com requintes de crueldades, chocou a cidade pela violência empregada. Os dois envolvidos chegaram a casa e passaram a agredir as vítimas violentamente com pedaços de madeira. Eles, surpreendidos cada um em um cômodo, não tiveram tempo de reação.

Após matar o casal, os assassinos passaram a remover os corpos para o carro de Poletti, que estava na garagem. Ele foi colocado no porta-malas e a mulher foi deixada ao lado do veículo. Os autores pretendiam colocar o corpo dela no automóvel e seguir, possivelmente, para a zona rural em local bem afastado.

A polícia encontrou um galão com gasolina na garagem. A suspeita é que eles usariam o combustível para atear fogo no veículo com os corpos dentro. No entanto, antes do desfecho planejado, os autores desistiram de colocar o corpo da mulher no veículo, possivelmente, devido ao sobrepeso.

Já esgotados, os autores tenham partido para o plano B, que era o de simular uma situação de latrocínio - roubo seguido de morte. Para tanto, eles reviraram a casa para parecer que a mesma havia sido invadida por ladrões. Em seguida, deixaram o local e se separaram para tentar conseguir um álibi. (*) Com informações do RP10



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