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Polícia Civil prende homem com armas em Penápolis durante operação do Gaeco do RJ

Polícia

Ele, que pagou fiança de R$ 2 mil, está entre os investigados do Ministério Público

Na residência, foram apreendidas espingardas, munições e R$ 18 mil em dinheiro

Na residência, foram apreendidas espingardas, munições e R$ 18 mil em dinheiro. Foto: Polícia Civil/Divulgação

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Policiais civis prenderam, em Penápolis, um homem de 48 anos, investigado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MP (Ministério Público) do Rio de Janeiro.

No imóvel onde ele reside, foram apreendidas espingardas, munições e grande quantidade em dinheiro. Ele pagou R$ 2 mil de fiança e responderá em liberdade. O flagrante foi feito durante a Operação Exagogi, deflagrada na manhã desta quarta-feira (26), com vários alvos para apurar a existência de associação criminosa estruturada para a prática de crimes de furto de combustível, receptação de petróleo bruto e corrupção.

Investigadores do 1º DP (Distrito Policial), acompanhados pelo delegado titular da unidade, Thales Eduardo Anhesini, foram até a residência, no Village Regina, em apoio aos agentes do Gaeco para cumprimento de ordem de busca e apreensão.

O mandado foi emitido pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do RJ. Pela residência, as equipes abordaram o investigado e, com ele, nada de ilícito foi encontrado. No entanto, nas buscas em um dos quartos, foram achadas em cima de um armário duas espingardas, uma de calibre 36 e a outra 22, além de 38 munições.

Já em outro cômodo nos fundos, foi localizada mais três cartuchos, sendo dois deles .40 e uma 9mm. Agentes do Gaeco apreenderam R$ 18 mil em dinheiro dentro de uma caixa de ferro e um celular. O homem foi levado ao 1º DP para prestar esclarecimentos.

Na unidade, confessou a prática do crime. O delegado que presidiu a ocorrência arbitrou fiança para que ele respondesse ao processo em liberdade. Como a quantia foi paga, foi ouvido e liberado. O caso segue em apuração.


OPERAÇÃO

A operação ocorreu em 5 Estados para apurar furto de combustível por meio da perfuração de dutos da Transpetro. Agentes saíram para cumprir 47 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná.

Um dos alvos é um policial militar do 32º BPM (Macaé), apontado como o braço armado da quadrilha. Ele foi detido administrativamente. O MP denunciou à Justiça 27 pessoas por furto qualificado, organização criminosa e corrupção.

A operação também visa identificar empresas receptadoras que adquiriram o produto desviado clandestinamente. Segundo a DDSD (Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados) e o Gaeco, os criminosos compravam pela internet o material necessário para as perfurações nos dutos e usavam instrumentos de qualidade duvidosa, como mangueiras inadequadas.

Além disso, pessoas sem especialização realizavam as incisões para retirar o combustível. A investigação começou em 2019, quando agentes receberam denúncias e informações de que três caminhões estavam circulando com óleo bruto furtado no bairro Beira da Lagoa, em Quissamã.

Policiais militares foram ao local e localizaram duas carretas com o produto. Os motoristas confessaram o crime e informaram a localização do terceiro caminhão. Segundo a delegacia, a ação criminosa já estava sendo monitorada, e 11 pessoas foram presas. De acordo com os agentes, os caminhões apreendidos armazenavam cerca de 100 mil litros de óleo bruto.

O trabalho de inteligência da delegacia comprovou que a organização criminosa tinha uma hierarquia e divisão de tarefas estruturada. Três pessoas eram apontadas como chefes, sendo que uma cuidava da organização dos motoristas e batedores; outra tratava a logística da derivação clandestina e extração e a terceira ficava com a parte financeira e organizacional.

A quadrilha também contava com um especialista que auxiliava na instalação da mangueira no duto; aliciadores, que buscavam profissionais que trabalhavam, principalmente, em plataformas de petróleo; soldadores; ajudantes, responsáveis por localizar e preparar o terreno, no qual seria realizada a derivação e, também, auxiliar nos engates das mangueiras e nos caminhões; pessoas que forneciam notas fiscais falsas e comercializavam o óleo bruto com receptadores e fornecedores dos caminhões.

Em nota, a Transpetro afirmou “ser vítima de ações criminosas de furto de óleo e derivados e colabora com as investigações das autoridades”. (*) Com informações do g1 do RJ



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