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Polícia procura donos de empresa de Rio Preto envolvida em esquema de exportação ilegal de ouro da Amazônia

Região

Armas e munições foram encontradas dentro de um cofre em uma fábrica de joias de São José do Rio Preto (SP)

Polícia busca por verdadeiros donos de empesa de Rio Preto envolvida em tráfico de ouro

Polícia busca por verdadeiros donos de empesa de Rio Preto envolvida em tráfico de ouro. Foto: Reprodução/internet

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A Polícia Federal tenta localizar os responsáveis por uma empresa de São José do Rio Preto (SP) envolvida em um esquema milionário de exportação de ouro da Floresta Amazônica. O caso ganhou destaque em uma reportagem especial exibida no Fantástico, no domingo (15).

A empresa passou a ser investigada depois que um mandado de busca e apreensão foi cumprido, e a PF localizou armas e munições dentro de um cofre da Itagold, no dia 27 de julho.

Segundo a PF, esta foi a maior apreensão de munições registrada em cidade do interior do país. Contudo, até então, ninguém se apresentou como responsável pelos objetos apreendidos.

A PF constatou durante as investigações que o ouro extraído ilegalmente do Amazonas era processado em Rio Preto.

A polícia afirma que só a empresa Itagold processou, ou seja, transformou em barras, mais de 200 kg de ouro para a quadrilha em menos de um ano, com valor de R$ 60 milhões.

Em seguida, o metal era encaminhado ao aeroporto de Guarulhos com notas frias de empresas do Paraguai, com destino à Itália.

A investigação no Rio de Janeiro revelou que a organização criminosa contava com a ajuda de dois policiais federais, sendo um delegado e um agente da Interpol.

As investigações da polícia em Rio Preto indicaram que o dono da Itagold é um homem de 87 anos, morador do interior de São Paulo, que vive com um salário mínimo. Contudo, ele afirmou que desconhece a empresa e vai prestar depoimento.

A Polícia Federal tenta identificar outros suspeitos e segue investigando o caso.


OPERAÇÃO RUTA 79

Comandada pela Polícia Federal do Rio de Janeiro, a “Operação Ruta 79” cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em Rio de Janeiro, Angra dos Reis, São Paulo, Rio Preto, Piracicaba, Mirassol e Belo Horizonte.

De acordo com a investigação, pessoas conhecidas como "mulas" transportavam o ouro até a Itália com documentação falsa de empresas fictícias. Elas também traziam ao Brasil, clandestinamente, joias adquiridas na Ásia e nos Estados Unidos.

Os policiais estimam que, entre 2017 e 2019, a quadrilha alvo da ação tenha contrabandeado mais de uma tonelada de ouro para a Itália. Durante as investigações, foram apreendidos quase 18 quilos de ouro e joias avaliadas em US$ 1 milhão.

A operação foi batizada como Ruta 79. Ruta, em italiano, significa rota. O número 79 faz referência à posição do elemento químico na tabela periódica. (*) Por G1 Rio Preto e Araçatuba



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