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População relaxa na quarentena e volta deixar ruas centrais cheias

Cidade

Na manhã de segunda-feira (13), grande número de pessoas foi vista em filas e circulando pelas vias

Longas filas foram registradas próximo aos bancos; comunidade não respeitou distanciamento

Longas filas foram registradas próximo aos bancos; comunidade não respeitou distanciamento. Foto: Ivan Ambrósio

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A cena, em tempos de pandemia da Covid-19, o novo coronavírus, é preocupante. Mesmo com a orientação das autoridades de saúde para manter o máximo de isolamento social, a população penapolense não tem seguido as recomendações tão à risca.

Prova disso foi à aglomeração de pessoas, na manhã de ontem (13), próximo às agências bancárias e circulando pelas ruas centrais da cidade. Apesar do decreto municipal, flexibilizando o atendimento e funcionamento de alguns setores, desde que atendam às exigências e recomendações, a comunidade tem feito aglomerações em alguns estabelecimentos.

A reportagem do INTERIOR notou um grande número de pessoas, principalmente nos bancos, que registraram longas filas dos usuários que buscavam atendimento no interior e caixas eletrônicos. Além disso, era notório observar alguns em “rodas de conversa”, não respeitando o limite de até dois metros de distância entre cada um. Muitos também não usavam máscaras.


ESTUDO

Um estudo desenvolvido por um grupo de pesquisadores da Unesp (Universidade Estadual Paulista), dos câmpus de Presidente Prudente e Botucatu, fez o mapeamento das rotas de dispersão do novo coronavírus no Estado de São Paulo e indicou “polos” que necessitam de estratégias de isolamento social efetivas para que haja uma redução da propagação da Covid-19.

A pandemia avança rumo ao interior paulista e, pelo estudo da instituição, as regiões de maiores riscos para a propagação são, além da capital paulista, Araçatuba, Araraquara, Bauru, Campinas, Marília, Piracicaba, Santos, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Sorocaba e Votuporanga.

“Existe uma difusão hierárquica do vírus, indo de cidades maiores para menores. Não adianta olhar só para o tamanho da população, mas também a influência econômica e social das cidades na região em que estão”, afirmou o geógrafo Raul Guimarães, docente da Unesp em Presidente Prudente.

O professor integra uma iniciativa recém-lançada de pesquisadores da FCT (Faculdade de Ciências e Tecnologia) para análise e mineração de dados referentes à disseminação do coronavírus no interior paulista, chamado “Radar Covid-19”.

A ideia principal é colaborar com a antecipação de ações para combater a propagação da doença. “Temos estudado junto com modeladores matemáticos e geógrafos da saúde, os modos de dispersão no Estado e percebemos que algumas regiões precisam de um isolamento ainda maior, de forma a reduzir a interiorização desse vírus”, acrescentou o professor Carlos Magno Fortaleza, epidemiologista da Faculdade de Medicina da Unesp do campus de Botucatu, que também participa do trabalho.


CELULAR

O Estado de São Paulo passou a utilizar um sistema de monitoramento com ajuda de sinais de celulares, que são cedidos por antenas de quatro operadoras de telefonia, para saber se as pessoas estão em casa e localizar aglomerações.

Segundo o governador João Doria (PSDB), a medida é feita com base em dados cedidos pelas operadoras Vivo, Claro, Oi e Tim. A secretária Patrícia Ellen, titular da pasta de Desenvolvimento Econômico, informou que o governo não tem acesso aos números dos celulares, mas apenas às localizações.

Também serão fornecidos mapas às prefeituras de cidades com mais de 30 mil habitantes. A taxa de isolamento social no Estado caiu para 49% na última quarta-feira (8), menor índice registrado desde o início da quarentena, instituída para evitar a propagação do novo coronavírus. A estratégia é efetiva quando atinge uma taxa superior a 70%.

No último dia 5, o índice chegou ao seu ápice, com 59% da população, mas voltou a cair ao longo da semana. No sábado (11), o Simi (Sistema de Monitoramento Inteligente) mostrou que o percentual de isolamento social no Estado foi de 55%.

O cruzamento dos dados das operadoras e dos registros de serviços de saúde permite que o governo estadual envie mensagens de texto para a população. Os alertas informam se a pessoa está em uma região com índices elevados de casos da Covid-19 e um link com informações sobre a importância de medidas de higienização e da quarentena.

O sistema também identifica locais com maior concentração de pessoas em pontos estratégicos das cidades. A análise de isolamento social é mapeada em municípios com mais de 30 mil habitantes e também nos bairros de cidades mais populosas por meio de um índice de deslocamento populacional.

O monitoramento é feito em um gabinete de mapeamento digital montado no Palácio dos Bandeirantes. As informações serão apresentadas em um modelo de “mapa de calor” que indica mais ou menos concentração populacional por localidade e também em diferentes períodos.



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