Preço do litro do etanol e da gasolina sobem nos postos da cidade
Economia
Alta se deve após anúncio da Petrobras, na semana passada, informando sobre o reajuste
Ivan Ambrósio 26/02/2021Após o anúncio da Petrobras, na semana passada, informando sobre o reajuste no preço dos combustíveis, consumidores penapolenses já sentem no bolso a elevação. Levantamento feito pelo INTERIOR mostra que o etanol, que antes era encontrado em alguns estabelecimentos a R$ 3,25, hoje varia entre R$ 3,35 a R$ 3,69.
Já a gasolina subiu de R$ 4,75 e é vendida entre R$ 5,05 a R$ 5,19. Em um posto às margens da rodovia Marechal Rondon (SP-300), o preço dos combustíveis é de R$ 3,29 e R$ 4,79, respectivamente. Já numa rede que fica na cidade e que possui três unidades, o etanol está em R$ 3,34 e a gasolina comum em R$ 5,04.
Na região, até meados do mês passado, era possível comprar o litro da gasolina em Araçatuba entre R$ 3,99 a R$ 4,39. Em um determinado posto, o preço era de R$ 4,27. Hoje, está R$ 5,19. Na esteira dos preços, o etanol também elevou. No último dia 18, a estatal anunciou novo aumento. O preço do litro da gasolina nas refinarias subiu 10,2% (R$ 2,48) e do diesel foi a 15,2% (R$ 2,58).
Em comunicado à imprensa, a companhia explicou que os reajustes fazem parte, assim como os outros aumentos recentes, do alinhamento de preços com o mercado internacional e com a oscilação do dólar. Segundo a Petrobras, os preços praticados e suas variações “têm influência limitada sobre os preços percebidos pelos consumidores finais”.
Em live feita nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o reajuste foi “fora da curva”. Desde 2017, a Petrobras adota como política de preço dos combustíveis as cotações internacionais, repassando as oscilações do mercado internacional e do câmbio. Mesmo assim, o governo sinalizou mudança no comando da estatal.
O presidente Roberto Castello Branco se prepara para deixar a companhia em 20 de março, com a decisão de Bolsonaro de indicar o general Joaquim Silva e Luna para o comando. O executivo passou a ser criticado por promover sucessivos aumentos, para evitar uma defasagem com a cotação praticada no mercado internacional.
As medidas, no entanto, despertam críticas de economistas, pois afetaram o valor de mercado da companhia e são consideradas possíveis intervenções na gestão e um risco à política de preços atual, o que iria contra os preceitos liberais defendidos pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
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