Prefeitura divulga balanço de um mês de intervenção na Santa Casa
Saúde
Caíque informou algumas ações já feitas na unidade e projetos em andamento
Ivan Ambrósio 15/05/2021
Prefeito, vice e secretários fizeram um balanço dos 30 dias de intervenção no hospital. Foto: Ivan Ambrósio
Neste sábado (15), completa um mês que a Prefeitura de Penápolis decretou a intervenção na Santa Casa local. Antes, a unidade era administrada pela OSS (Organização Social de Saúde) AHBB (Associação Hospitalar Beneficente do Brasil) que, na época, tinha sido contratada pela Irmandade. Na manhã de ontem (14), o prefeito Caíque Rossi (PSD), acompanhado da vice, a médica Mirela Fink (Podemos), trouxeram um balanço das ações desenvolvidas durante este período na unidade.
Eles estavam acompanhados do secretário municipal de Saúde, o também médico Luiz Washington Bozzo do Nascimento Filho e do coronel Daniel Rodrigueiro, que foi nomeado interventor responsável da parte financeira do hospital e também é titular da pasta de Planejamento, Coordenação e Zeladoria de Trânsito e Mobilidade Urbana.
Segundo o chefe do Executivo, nestes 30 dias, muitas ações foram desenvolvidas na unidade, entre elas, a suspensão de contratos em vigência com prestadores de serviços, gerando economia aos cofres e a disponibilidade destes recursos serem aplicados em outras áreas na própria Santa Casa.
“Para se ter uma ideia, foram deixados de repassar para a AHBB, que administrava o hospital e o pronto-socorro municipal mais de R$ 67 mil. Ao todo, somente de valores suspensos, são mais de R$ 235 mil. Ainda estamos revendo e negociando outros contratos”, disse.
Caíque ainda explicou que foram feitos ainda o recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) dos colaboradores, no valor de R$ 66,7 mil e a recomposição salarial para 265 funcionários, referentes aos anos de 2016, 2017 e 2018, um índice de 14,70%. “Ainda é o começo, pois continuamos fazendo o levantamento da gestão do hospital para, assim, darmos sequência aos trabalhos”, comentou.
CERTIDÕES
Ele garantiu que, durante o período que houver a intervenção, nenhuma OSS será contratada e que já estão regularizando as certidões negativas e AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), com o objetivo de buscarem mais recursos e manterem os que já são enviados, como do SUS (Sistema Único de Saúde) e Pró Santa Casa, dos governos federal e estadual, respectivamente.
“Desde que assumimos a gestão, nossa equipe não parou um minuto em resolver os problemas e melhorar o atendimento à nossa população, sempre prezando o dinheiro público com transparência”, lembrou. Caíque frisou que está em andamento, junto ao Estado, a classificação da UTI (Unidade de Terapia Intensiva), que passaria para Nível 2, o que acarretaria em mais verbas, bem como a possibilidade de transformar a Santa Casa em um hospital-escola, já que a cidade, por meio da Funepe (Fundação Educacional de Penápolis) conta com o curso de Medicina.
“São pontos que estamos conversando com lideranças e confiantes de que conseguiremos estes feitos”, citou. Além destes pontos, o prefeito frisou que a campanha ‘Unidos pela Vida’ prossegue, com o objetivo de melhorar o atendimento à população. “Efetuamos a limpeza de alguns espaços e equipamentos para trazer mais conforto aos pacientes”, ressaltou. Ele ainda destacou que, em breve, será dado início a pintura de alguns quartos, com a doação de tintas por voluntários.
A vice Mirela frisou que essa mudança trouxe a valorização dos funcionários, especialmente os médicos. “Mesmo diante do cenário encontrado no hospital, em nenhum momento houve interrupções no atendimento, tendo todas as equipes atuando com muito amor e dedicação aos pacientes”, informou.
MEDIDA
A intervenção, decretada pelo prefeito Caíque Rossi, é de, pelo menos, 180 dias, podendo ser prorrogada pelo mesmo período. A gestão passa a ser de responsabilidade do município, por intermédio da secretaria municipal de Saúde, com auxílio de um comitê de gestão. A interventora-presidente nomeada pela Prefeitura foi Renata Cristina Vidal, que é funcionária da unidade.
Ela tem como diretor clínico e técnico o médico Francisco Carlos Parra Bassalobre. Nos últimos anos, é a segunda vez que o hospital passa por essa medida. A primeira ocorreu em 2015, durante gestão do ex-prefeito Célio de Oliveira (sem partido). Na época, segundo apurado pela reportagem, a dívida da Santa Casa passava dos R$ 20 milhões. Hoje, chega a R$ 45 milhões.
Comentários
Atenção: Os comentários feitos pelos leitores não representam a opinião do jornal ou do autor do artigo.