Prefeitura esclarece desabastecimento de vacinas na cidade
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Devido à demanda aumentada das salas de vacina, a quantidade solicitada mensalmente tem sido insuficiente para a vacinação
Da Redação 05/09/2019Nos últimos meses, o SVE (Serviço de Vigilância Epidemiológica) da Secretaria Municipal de Saúde tem registrado um desabastecimento de vacinas, inclusive a tríplice viral que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola, e a pentavalente que oferece proteção para difteria, tétano, coqueluche e hepatite B e influenza B.
Todas as vacinas disponíveis na rede pública de saúde são distribuídas pelo Ministério da Saúde que envia as doses às Secretarias Estaduais de Saúde. O Estado é responsável pela distribuição aos municípios. Penápolis recebe as doses distribuídas pelo Grupo de Vigilância Epidemiológica XI de Araçatuba, órgão que pertence à secretaria estadual.
Segundo explicou o secretário de Saúde, Wilson Carlos Braz, as vacinas aplicadas rotineiramente nas Macros de Saúde são solicitadas mensalmente. “Até o quinto dia útil de cada mês, é feita uma solicitação de vacinas, informando o estoque atual das doses e a quantidade solicitada. Em setembro, esta solicitação foi enviada nesta quarta-feira, dia 04”, explicou Braz.
O enfermeiro do SVE, Alexandre Pereira de Almeida, acrescentou que caso haja a necessidade de solicitações fora da rotina, estas são realizadas oportunamente via telefone ou e-mail diretamente ao Grupo de Vigilância Epidemiológica XI de Araçatuba.
“Assim que as doses são disponibilizadas e sua entrega confirmada, a Secretaria de Saúde de Penápolis busca as vacinas. Principalmente no caso da vacina tríplice viral que protege contra o sarampo, temos um contato direto, solicitando doses para que possamos atender a população que ainda não foi imunizada”, esclareceu Almeida.
Devido à demanda aumentada das salas de vacina, a quantidade solicitada mensalmente tem sido insuficiente para a vacinação. Com isso, são realizados pedidos extras, gerando pequenos atrasos ou desabastecimentos até que se regularize a situação da vacina SCR (sarampo, caxumba e rubéola).
O Ministério da Saúde e Secretaria Estadual de Saúde orientaram em Nota Técnica a vacinação do grupo de risco das crianças de seis a onze meses devido ao risco aumentado de contraírem a doença, agravamento e óbito. O enfermeiro Alexandre orienta que todos os pais procurem as salas de vacinas das unidades Macro I, II e III para realizarem a vacinação, conforme nota técnica.
No caso da vacina Pentavalente que oferece proteção para difteria, tétano, coqueluche e hepatite B e influenza B, o Ministério da Saúde divulgou a Nota Informativa nº32/2019. Conforme o comunicado, um lote com mais de 3 milhões de doses da vacina, foi interditado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O Ministério aguarda a chegada de 9 milhões de doses e a expectativa é que a distribuição seja regularizada em outubro.
COBERTURA
A falta de vacinas traz um impacto negativo na cobertura das imunizações. Segundo dados do Ministério da Saúde, desde 2015, Penápolis sempre ultrapassou a meta de 95% de cobertura vacinal. Porém, os dados de 2019, apontam para uma queda na imunização.
Em relação a primeira dose da vacina tríplice viral, Penápolis registrou em 2015 uma cobertura de 96,11%. Em 2016, cobertura de 140,94%. Em 2017, o índice foi de 165,97% e alcançou 77,62% nos dados referentes a 2018. Já neste ano, a cobertura é de apenas 59,40%.
Na segunda dose da vacina que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola, os dados também apontam o crescimento da cobertura. Em 2015, 98,97%; em 2016 a cobertura atingiu 109,78%. No ano de 2017, a imunização foi de 147,98% do público alvo e em 2018, 144,37%. A queda é registrada em 2019, com cobertura de 54,49%.
A vacina pentavalente teve uma cobertura de 104,43% em 2015. Em 2016, foi de 149,80%. Os dados de 2017 registraram 182,14% de imunização, e em 2018, 165,98%. Já em 2019, a cobertura foi de 38,80% até o dia 04 de setembro. (*) Com informações da Secom - PMP
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